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Resumen de Os músicos angolanos e a música de protesto em Portugal: Reflexões para descentrar a história dos cantores de Abril

Pedro David Gomes

  • português

    A música angolana enquanto repertório de resistência ao sistema colonial beneficiou da trajetória europeia de alguns dos seus intérpretes. Neste artigo questiona-se a não inclusão destes artistas como cantores de Abril, o seu não reconhecimento na memória historiográfica do período que permeia a Revolução dos Cravos. Exploram-se possíveis explicações para isso, cotejando as memórias e o passado dos músicos com o tratamento conferido às figuras mais influentes das culturas portuguesa e angolana nos dicionários sobre o Estado Novo e o 25 de Abril. Identificam-se, além das causas possíveis para estas ausências, o pensamento eurocêntrico que subjaz a algumas das presenças, e contra-argumenta-se no sentido da razoabilidade da sua inclusão dentro das categorias associadas à música de protesto.

  • English

    Angolan protest music’s as a repertory that challenged the colonial system benefitted from the European careers of some of its artists. In this article, the absence of Angolan musicians among “the singers of April, or their non-recognition in the historiographical memory of Portugal’s Carnation Revolution, is discussed. It explores some possible explanations for this, by comparing memories of the musicians with the treatment given to the most influential figures of Portuguese and Angolan cultures in the Dictionaries about the Estado Novo (dictatorial regime) and the 25th of April (the date of the revolution). In addition to identifying possible causes for these absences, the Eurocentric thinking underlying this “state of memories” is also examined, with counterarguments made as to the reasonableness of their inclusion within the categories of protest song.

  • français

    La musique angolaise en tant que répertoire de résistance au système colonial a bénéficié de la trajectoire européenne de certains de ses interprètes. Cet article interroge la non-inclusion de ces artistes en tant que « chanteurs d’avril », leur non-reconnaissance dans la mémoire historiographique de la période médiatrice de la Révolution des Œillets. On explore des explications possibles, en comparant les mémoires et le passé des musiciens avec le traitement réservé aux figures les plus influentes des cultures portugaise et angolaise dans les dictionnaires de l’Estado Novo (régime dictatorial) et du 25 avril (date de la révolution). Outre les causes possibles de ces absences, on identifie la pensée eurocentrique qui sous-tend certaines présences et on contre-argumente quant au caractère raisonnable de l’inclusion de ces musiques dans les catégories de la musique contestataire.


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