França: Movimento Social dos “Coletes Amarelos”

• Pontes, Beatriz Maria Soares ^[1]
  1. [1] Universidade Federal de Pernambuco; Universidade Federal do Rio Grande Norte
• Localización: Revista Movimentos Sociais e Dinâmicas Espaciais, ISSN-e 2238-8052, Vol. 8, Nº. 1, 2019, págs. 5-33
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • France: The yellow vests" social movement"
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• Resumen
  • português

    O presente estudo tem por objetivo analisar o movimento social dos Coletes Amarelos que, desde novembro de 2018, vem se realizando na França. Os manifestantes reivindicam: a redução nos impostos sobre combustíveis, a reintrodução do imposto sobre fortunas, o aumento do salário mínimo, assim como, políticas de melhoria da democracia representativa, mais precisamente, o Referendo de Iniciativa Cidadã, além do impeachment do Presidente francês, Emmanuel Macron. O Governo francês que é, atualmente, representado pela burguesia do País, com propósitos neoliberais, tem visto, com reserva, as aludidas manifestações e têm uma visão muito negativa dos reivindicantes. Além disso, ocorreram violências quer da parte dos manifestantes, quer da polícia que representa os mantenedores da ordem pública. A jurisprudência francesa, nem sempre tem sido justa, em relação aos Coletes Amarelos. Todavia, levando-se em consideração, não apenas, a situação socioeconômica e política da França, como também, da comunidade global, que apresenta grandes desigualdades sociais, consideramos pertinentes as reivindicações dos manifestantes franceses que, continuam o seu movimento social, até hoje, com a realização das suas lutas todas os finais de semana. O movimento social do “Coletes Amarelos” emergiu, significativamente, através das redes sociais (meio tecnológico). As redes, assim como qualquer relação social, estão sempre impregnadas pelo poder, pelo conflito, bem como pelas possibilidades de solidariedade, de reciprocidade e de compartilhamento. Como o movimento ainda está em processo, o principal resultado diz respeito a grande persistência dos trabalhadores franceses nas lutas em favor dos seus direitos humanos e trabalhistas, portanto trata-se de um movimento que apesar de ter recorrido a um meio tecnológico teve a sua evolução e desenvolvimento claramente analisável, através do método dialético.

  • English

    Thepresent study aims to analyze the ”Yellow Vest” social movement that, since November 2018, has been taking place in France. The protestors demanded: a reduction in fuels taxes , the reintroduction of the tax on fortunes, the increase of the minimum wage,as well as policies to improve representative democracy, more precisely the Citizen Initiative Referendum, in addition to the impeachment of the French President, Emmanuel Macron. The French Government, which is now represented by the bourgeoisie of thecountry, has for neoliberal purposes, seen, with reserve, the aforementioned manifestations and has a very negative view of the claimants. In addition, violence has taken place both on the part of the protesters and on the part of the police representing the public order. French jurisprudence has not always been fair in relation to the “Yellow Vest”. However, taking into account not only the socioeconomic and political situation of France, but also of the global community, which presents great social inequalities, we consider relevant the demands of the French demonstrators who continue their social movement, with the completion of their fights every weekend. The social movement of the "Yellow Vest" emerged, significantly, through the social networks (technological means). Networks, as well as any social relation, are always impregnated by power, conflict, and possibilities for solidarity, reciprocity and sharing. As the movement is still in process, the main result concerns the persistence of French workersin the struggles in favor of their human and labor rights, so it is a movement that despite having resorted to a technological environment had its evolution and clearly analyzable development through the dialectical method.