Augusto Matraga: forma e redenção

• Rios, Peron ^[1]
  1. [1] Colégio de Aplicação da UFPE
• Localización: Revista Investigações, ISSN-e 2175-294X, ISSN 0104-1320, Vol. 36, Nº. 1, 2023 (Ejemplar dedicado a: Revista Investigações - Estudos Literários), págs. 1-16
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Augusto Matraga: forme et rédemption
  • Augusto Matraga: form and redemption
• Enlaces
  • Texto completo
• Resumen
  • English

    The Brazilian writer João Guimarães Rosa provides the readers, in his short story named “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, published in the book Sagarana (1946), an analysis about a path of redemption through the moral and religious refiguration developed by a literary character. This narrative, anchored on an epic form of writing, exposes the Augusto Matraga’s work in progress toward the building of his own heroic ethics. A such moral complexity is founded on a formal labor, which elaborates verisimilitude, suspends some previously consolidated convictions, enhances the perception on the human dramas and allows a persuasive fiction.

  • français

    L’écrivain brésilien João Guimarães Rosa permet à ses lecteurs, dans son conte nommé « A Hora e Vez de Augusto Matraga », publié dans le recueil Sagarana (1946), de faire une réflexion à propos de la possibilité d’un parcours de rédemption établi par un personnage littéraire, à travers sa réfiguration réligieuse et morale. Ancré dans une forme épique d’écriture, le récit présente la progression d’Augusto Matraga vers la construction d’une éthique de héros. La complexité morale du texte se conçoit à partir d’un travail esthétique, qui élabore la vraisemblance textuelle, met en suspension quelques certitudes préalablement consolidées, élargit la perception sur les drames humains et possibilite le succès d’une fiction persuasive.

  • português

    O escritor João Guimarães Rosa proporciona aos leitores, no conto “A Hora e Vez de Augusto Matraga”, publicado na coletânea Sagarana (1946), uma reflexão a respeito do percurso anagógico possível, na esfera da refiguração religiosa e moral de um personagem. Ancorada numa forma épica de construção, a narrativa apresenta, à guisa de Dante Alighieri na sua Commedia, o progressivo percurso de uma ética heroica de Matraga. Esta complexidade moral do texto se elabora no investimento estético, que sedimenta verossimilhança ao suspender sentidos prévios e consolidados, potencializa a percepção fina dos dramas humanos e abre um caminho viável de persuasão ficcional