As Representações Festivas da Malha do Pão Como Contributo Para a Valorização da Educação

• Simone dos Prazeres ^[1]
  1. [1] Instituto Politécnico da Guarda

     Instituto Politécnico da Guarda

     Guarda (Sé), Portugal

     
• Localización: Festividades, Culturas e Comunidades: Património e Sustentabilidade / coord. por Rita Ribeiro, Emília Araújo, Márcia Silva, Alberto Fernandes, 2022, ISBN 978-989-8974-76-1, págs. 271-277
• Idioma: portugués
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  • Este ensaio procura perceber em que medida as representações festivas da malha do pão contribuem para a valorização da educação. Até ao início do século XX a malha do pão, ou malhada, era o ponto alto de todo um processo do qual resultava o grão, fonte de sustento e gerador de economia. Este processo que se estendia ao logo de 2 anos, todo ele processado de forma manual, ao ser substituído pela mecanização deixou de ser praticado; no entanto, passadas décadas, tornou-se objecto de representações festivas. O processo moroso de todo o ciclo do pão, culminando na sua malha, refletia hábitos culturais que não se querem fazer esquecer, reafirmando-se através de representações festivas. Neste sentido, através de pesquisa bibliográfica, este texto analisa a importância destas representações como património educativo, verificando que há uma ramificação de todo um conjunto de patrimónios imateriais que espelham uma diversidade cultural e saberes educativos cuja partilha vivenciada valoriza a educação. Neste sentido, as representações da malha do pão são uma etnografia corpórea e efémera da história de uma cultura que se transmite não só à comunidade, mas que se estende ao mundo, enfrentando a globalização e a mecanização. Uma educação da tradição para a tradição, na qual são preservados valores e tradições culturais.