Festividades de Congo e Folia de Reis na Serra: Comunidades de Re-Existências na Formação Docente

• Aldieris Braz Amorim Caprini ^[1] ; Nadia Juliana Rodrigues Serafim ^[2] ; Martanézia Rodrigues Paganini ^[1]
  1. [1] Instituto Federal do Espírito Santo
  2. [2] Secretaria de Educação da Serra
• Localización: Festividades, Culturas e Comunidades: Património e Sustentabilidade / coord. por Rita Ribeiro, Emília Araújo, Márcia Silva, Alberto Fernandes, 2022, ISBN 978-989-8974-76-1, págs. 161-179
• Idioma: portugués
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  • O objetivo deste artigo é demonstrar, com base em uma pesquisa realizada na cidade de Serra, Espírito Santo, Brasil, que as vivências culturais demonstradas na Folia de Reis e no soar dos tambores do Congo, na comunidade de Nova Almeida, apresentam-se como expressões da cultura de nossos ancestrais indígenas e africanos. Estas festividades persistem, não obstante toda imposição da cultura eurocêntrica que vem invisibilizando as contribuições ameríndias e afro-brasileiras. Esse contexto perpassa a formação inicial e contínua de professores, que ainda recebem influência desses “modelos culturais”. Como consequência, observamos que as culturas dos povos tradicionais são pouco reconhecidas em nossas escolas. Nestas percepções, propusemos perscrutar as vozes dos produtores de cultura em Nova Almeida, aproximando suas interlocuções junto aos processos formativos com professores locais, onde fomentamos a desconstrução de estereótipos. Os estudos demonstraram que a continuidade desses rituais festivos sinaliza o caráter de identidades em re-existência aos estigmas construídos pelo processo de colonização. Para efetuar tais constatações, amparamo-nos na metodologia da pesquisa participante em Paulo Freire (1987) e Carlos Brandão (1987). Ademais, incentivamos na formação continuada com docentes novas práxis voltadas para esses patrimônios culturais e ao ensino das relações étnicas na escola, na oportunidade, forjamos um material educativo.