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Resumen de Festas, Criatividade Social e Utopias na Raia do Baixo Alentejo

Maria Dulce Antunes Simões

  • Nas sociedades contemporâneas, as festas são espaços de subversão organizada para os quais convergem relações interpessoais e representações culturais que re-fletem tensões e ambiguidades sociais. Orientadas para a reprodução de imaginários culturais, promoção turística e divertimento lúdico que funcionam como escapismo à insatisfação e opressão da vida quotidiana, combinam dialeticamente resistência ativa de afrontamento ao poder e aos esforços reguladores do Estado e da igreja. As festividades cíclicas são parte integrante da existência humana, estão ligadas à totalidade das relações comunitárias que entrelaçam as memórias e os significados culturais em narrativas que reforçam o sentido do comum e o desejo de mudança. As romarias e as festas carnavalescas estimulam a imaginação e a criatividade social para além dos possíveis; são tempos de libertação e de utopias. As utopias estão presentes nos paradigmas da transposição de fronteiras, na mística e na música, como motores do ainda-não, como substância do mundo e da humanidade. O meu argumento fundamenta-se no princípio da esperança de Ernst Bloch (1954/2005). De uma esperança encontrada no limiar da insatisfação humana, na procura de um futuro melhor, que encontra nas festas o tempo-espaço privilegiado de criação e antecipação dos possíveis.


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