In the last twenty years there has been a lively debate in Portugal on the theory and practice applied topersonal and family archives, bringing technical and custodial Archivistics (which is based on the concept of fonds) into confrontation to a new perspective framed in Science of Information (which defendsa scientific method that promotes a dynamic and interactive approach, evidenced in the concept of in formation system). The recent emergence of new fields of study, such as Historical Archivistics, also places these archives at the crossroad of historiographic and archivistic knowledge. In Portugal, personaland families archives have never been studied as much as today, by institutional or individual initiative- through academic works (degree, masters and PhD studies). Gradually new perspectives were opened up, not only concerning the archives of noble families of the Old Regime, but with contemporarypersonal archives (of writers, architects, medical doctors, politicians, etc.) The increasing awareness ofthe informational richness of these archives and the contribution that they can give to the constructionof collective memory are determining factors for this dynamic, as well as the existence of financial resources for treatment and for large-scale dissemination. We intend to present a critical synthesis of theportuguese panorama in the last twenty years with several practical cases.
Nos últimos vinte anos tem-se assistido, em Portugal, a um profícuo debate em torno da teoria e daprática aplicadas aos arquivos pessoais e familiares, colocando em confronto uma Arquivística tecnicistae custodial (baseada no conceito de “fundo”), e uma nova corrente enquadrada na Ciência da Informação (que assenta num método científico e advoga uma abordagem dinâmica e interactiva, evidenciadano conceito de sistema de informação). A emergência recente de outros campos de estudo, como a Arquivística Histórica, têm colocado estes arquivos na encruzilhada dos saberes histórico e arquivístico. Écerto que, em Portugal, nunca se estudou tanto os arquivos pessoais e familiares como hoje em dia, sejapor iniciativa institucional, seja por iniciativa individual - (através de trabalhos académicos de licenciatura, mestrado e doutoramento). Aos poucos, foram-se abrindo também novas perspectivas que fizeram despoletar o interesse não apenas nos arquivos de famílias nobres de Antigo Regime, mas tambémnos arquivos pessoais contemporâneos, de profissionais liberais, como escritores, arquitetos, médicos,políticos, etc. Têm sido factores determinantes para esta dinâmica a crescente consciencialização dariqueza informacional que estes arquivos detêm, o contributo que podem prestar para a construção damemória colectiva e, ainda, a existência de linhas de apoio destinadas ao seu tratamento e divulgaçãoem larga escala. Pretendemos apresentar uma síntese crítica do panorama português nos últimos vinteanos ilustrando-a com diversos casos práticos.
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