La prolífica incursión que Mario Benedetti realiza en la escritura ensayística a lo largo de toda su producción y la complejidad que este material manifiesta ponen en evidencia el carácter de práctica discursiva intelectual que este género representa. El autor uruguayo continúa con una tradición continental que aborda al ensayo como modo privilegiado de intervención social y cultural de los intelectuales (Maíz, 2004 y 2010; Weinberg, 2007 y 2019; Scarano, 1991 y 2010; Aínsa, 2014) y se sirve de este género para dar cauce a sus reflexiones y posicionamientos bajo la concepción de la obra de arte como una herramienta de transformación de la realidad circundante. Por consiguiente, sus libros de ensayos devienen un resultado procesual que reclama, para un análisis cabal de su totalidad, la contemplación de distintas dimensiones que lo atraviesan. Nuestra propuesta supone, entonces, un abordaje del ensayo benedettiano desde tres de ellas: la performativa, la autopoética y la agónica. A través de la consideración de estas aristas en que puede desmenuzarse el ensayo en tanto práctica discursiva de un intelectual comprometido (Correa Lust, 2020), se buscará ahondar sobre el valor particular que este género proporciona al estudio de la obra de uno de los escritores más comprometidos con la causa revolucionaria de los años sesenta y setenta de nuestro continente.
The prolific incursion that Mario Benedetti makes in essay writing throughout his entire production and the complexity that this material manifests, highlights the character of intellectual discursive practice that this genre represents. The Uruguayan author continues with a continental tradition that approaches the essay as a privileged mode of social and cultural intervention by intellectuals (Maíz, 2004 and 2010; Weinberg, 2007 and 2019; Scarano, 1991 and 2010; Aínsa, 2014) and uses it to channel his reflections and positionings under the conception of the work of art as a tool for the transformation of the surrounding reality. Consequently, his books of essays become a processual result that requires, for a thorough analysis of its entirety, the contemplation of different dimensions that cross it. Our proposal supposes, then, an approach to the Benedettian essay from three of them: the performative, the autopoetic and the agonistic. Through the consideration of these edges into which the essay can be broken down as a discursive practice of a committed intellectual (Correa Lust, 2020), we will seek to delve into the particular value that this genre provides to the study of the work of one of the writers more committed to the revolutionary cause of the '60s and '70s in our continent.
A prolífica incursão que Mario Benedetti faz na escrita ensaística ao longo de toda a sua produção e a complexidade que esse material manifesta, destacam o caráter de prática discursiva intelectual que esse gênero representa. Continuando com uma tradição continental que aborda o ensaio como modo privilegiado de intervenção social e cultural dos intelectuais (Maíz, 2004 e 2010; Weinberg, 2006 e 2019; Scarano, 1991 e 2010; Aínsa, 2014), o autor uruguaio utiliza o próprio dar canal às suas reflexões e posicionamentos sob a concepção da obra de arte como ferramenta de transformação da realidade circundante. Consequentemente, os seus livros de ensaio tornam-se um resultado processual que exige, para uma análise aprofundada da sua totalidade, a contemplação das diferentes dimensões que o atravessam. Nossa proposta supõe, então, uma abordagem do ensaio beneditino a partir de três deles: o performativo, o autopoético e o agonístico. Através da consideração desses limites em que o ensaio pode ser decomposto como prática discursiva de um intelectual comprometido (Correa Lust, 2020), buscaremos nos aprofundar no valor particular que esse gênero proporciona ao estudo da obra de um dos escritores mais comprometidos com a causa revolucionária dos anos 60 e 70 no nosso continente.
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