Quer brincar? Reflexões sobre as infâncias na sociedade de consumo

• Santos, Andreia Mendes dos ^[1]
  1. [1] Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

     Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

     Brasil

     
• Localización: Cadernos de Pesquisa em Educação, ISSN-e 2317-742X, Nº. 49, 2019 (Ejemplar dedicado a: DOSSIÊ: CRIANÇAS E SUAS INFÂNCIAS NA CIDADE), págs. 22-37
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Do you want to play? Reflections on childhoods in the consumer society
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• Resumen
  • English

    The article deals with contemporary childhood, in the discussion of social transformations that impose a reduced daily life of playing and use of public spaces by children, crystallizing an increase in the exposure of children to television and other technologies. Factors such as urban violence, lack of time and impermanences of daily life have been highlighted as inhibitive to the use of cities as well as delimiting collective playing, changing the culture and routines of childhood and imposing to children the necessity of spending time in extra activities or a prolonged exposure to the media and, therefore, to frank harassment by the consumer society. As a theoretical assumption, the adopted course uses the theoretical support of the authors Postman, Corsaro and Sarmento in order to discuss the childhoods; Pais and Certeau, the daily life; Baudrillard and Bauman, in reference to consumer society. As inspiration, it is used data from a research made with 425 children of the city of Porto Alegre / RS, in which it was possible to analyze that the impact of the consumer society on childhood is the erosion of bonds, the fragility of relationships and instability of the consumption that, even if oversized, does not promote the level of satisfaction, well-being and belonging tothe children.

  • português

    O artigo versa sobre as infâncias contemporâneas, na discussão das transformações sociais que impõem às crianças um cotidiano reduzido de brincadeiras e cerceado da utilização de espaços públicos, cristalizando o aumento da exposição das crianças à televisão e outras tecnologias. Fatores como violência urbana, falta de tempo e as impermanências da vida cotidiana tem se destacado como inibitivos da utilização das cidades, delimitando também brincadeiras coletivas, alterando a cultura e as rotinas das infâncias e impondo as crianças a ocupação de tempos em atividades extras ou de ficarem por períodos prolongados expostas as mídias e, portanto, num franco processo de assédio pela sociedade do consumo. Como pressuposto teórico, o percurso adotado utiliza o suporte teórico dos autores Postman, Corsaro e Sarmento, para discutir as infâncias; Pais e Certeau, acerca do cotidiano, Baudrillard e Bauman, em referência a sociedade de consumo. Como inspiração, utiliza-se dados de uma pesquisa desenvolvida com 425 crianças na cidade de Porto Alegre/RS de onde foi possível a análise de que o impacto da sociedade de consumo nas infâncias é a erosão dos vínculos, a fragilidade das relações e a instabilidade do consumo que, mesmo superdimensionado, não promove o patamar de satisfação, bem-estar e pertencimento às crianças.