Beatriz Corsino Pérez, Brígida Lorana S. Rodrigues Silva, Caroline Abrantes de Vasconcelos Coelho
Children are represented on the public sphere by adults that speak about them, andfor them. Most of times, without question themselves about this place occupied. Wondering about the dilemmas of representativity was performed an institutional partnership with the Municipal Counsil of Wrights (Conselho Municipal de Direitos), in the county of Campos dos Goytacazes/RJ. The objectivewas to create speechspaces and political participation with children and teenagers.This article aims toanalyze workshopsperformed with 60 childrenfrom 4 to 12 years oldof differentneighborhoods, searching about their realities and how they see the city. They discussed about subjects like social differences, the lack of concern about the enviroment, the commum responsabilities and the abscence of meeting spaces among the dwellers. The conclusions suggest that the children also mobilize and appropriate spaces that are denied to them, not accepting passively their condition, but revealing themselves in the interaction with the city. Some children who had been removed from their homes and relocated to a housing complex talked about the breakdown of affective bonds with the place and the difficulties of adapting to the new reality. It has been a great challenge to produce intergenerational dialogues. The demands raised by the children can be heard and guided by the actions of those who represent them.
Crianças são representadas nas esferas públicas por adultos que falam sobre e por elas, muitas vezes, sem se questionarem sobre como ocupam este lugar. Pensando sobre os dilemas da representatividade, foi realizada uma parceria com o Conselho Municipal de Direitos, no município de Campos dos Goytacazes/RJ com o objetivo de construir espaços de fala e de participação política com crianças e adolescentes. Neste artigo, analisamos as oficinas realizadas com 60 crianças de 4 a 12 anos, moradoras de diferentes bairros, onde buscamos conhecer suas realidades e olhares sobre a cidade. Destacaram falas sobre as desigualdades sociais, a falta de cuidado com a natureza, de responsabilidade com o que é comum e a ausência de espaços de encontro entre os moradores. Notamos que as crianças também mobilizam estratégias para se apropriarem de espaços que lhes são negados, não aceitando passivamente a sua condição, mas se revelando nas interações com a cidade. Algumas crianças, que tinham sido removidas de suas casas e realocadas num conjunto habitacional, falaram sobre o rompimento dos vínculos afetivos com o lugar e as dificuldades de se adaptarem a nova realidade. Tem sido um grande desafio produzir diálogos intergeracionais, nos quais as demandas levantadas pelas crianças possam ser ouvidas e encaminhar ações daqueles que as representam.
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