This article points out how the idea of Nature, as formulated by social scientists, has shaped the intellectual formation of environmental movements and struggles. In order to do so, we will examine a selection of French newspaper articles, all related to coronavirus and post-COVID scenarios. Although all political formations and policymakers make use of environment-friendly rhetoric, their theoretical positions still remain fundamentally the same: divided between, on the one side, naturalism, and on the other, a more nuanced study of the various relations between nature and society. Four intellectual ideal-types can therefore be brought out. The first two, either pro-or anticapitalistic, follow a rather symmetrical path, that relegates nature to the background. It is seen only, by some as a resource, offering a potential for growth, and by the others as the mirror of capitalist contradictions. Conversely, the “commons” thinkers emphasize the various ways these sites were institutionalized, rather than giving priority to one or another element of the biosphere. Reflections about the conservation and regeneration of this Nature therefore appear, from an ecological standpoint, as the most ambitious, proposing for example a “general principle of non-interference”.
O presente artigo destaca que a forma como as ciências sociais abordaram a natureza influencia diretamente a concepção das atuais lutas pelo meio ambiente. Para isso, os autores baseiam sua análise em uma seleção de artigos da imprensa francesa relacionados à Covid e aos possíveis cenários pós-Covid. Embora todas as formações políticas e todas as políticas públicas adotem hoje uma retórica environment friendly, os posicionamentos teóricos, relativamente intangíveis, situam-se ora no naturalismo ora numa reflexão sobre as interrelações entre a natureza e o mundo social. Quatro tipos ideais intelectuais são apresentados. Os dois primeiros, pró e anticapitalista, evoluem simetricamente e com pouca consideração pela natureza, que é vista essencialmente, por aqueles, como um recurso e um potencial de crescimento, e por estes, como um sinal de contradições capitalistas. Os pensadores dos "comuns", por sua vez, insistem mais nas modalidades de como institucionalizá-los do que na prioridade que deve ser dada a determinado elemento da biosfera. Por fim, as reflexões sobre a conservação e regeneração da natureza parecem ser, em termos ecológicos, as mais ambiciosas, ao defenderem, por exemplo, um "princípio geral de não interferência".
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