Anne Gabriele Lima Sousa de Carvalho, Alessa Cristina Pereira de Souza
This article aims to analyze the impacts of the pandemic on social relations and on the concerns aroused by members of the academic communities of Northeast Brazil. It is proposed to discuss how these individuals, inserted in one of the most vulnerable regions and most affected by the pandemic, have considered individualistic interests and solidarity positions in view of the different effects that the protocols for controlling the spread of the virus have caused on their daily lives. The analysis was basedon the realization of a qualitative and quantitative research that had a digital form answered by students, teachers, technicians and other collaborators of Higher Education Institutions in that region. The data presented highlight that the pandemic has led to the direct involvement of research participants in contexts of solidarity, but it has aroused concerns of an individualistic and economist nature, which leads to reflection on the reproduction of a capitalist logic that reinforces structural inequalities.
Este artigo tem por objetivo analisar os impactos da pandemia sobre as relações sociais e sobre as preocupações despertadas pelos integrantes das comunidades acadêmicas do Nordeste brasileiro. Propõe-se discutir como esses indivíduos, inseridos em uma das regiões mais vulneráveis e mais afetadas pela pandemia, têm equacionado interesses individualistas e ações coletivistas frente aos diferentes efeitos que os protocolos de controle da disseminação do vírus têm provocado sobre suas vidas cotidianas. A análise teve por base a realização de uma pesquisa quali-quantitativa que contou com um formulário digital respondido por discentes, docentes, técnicos/as e outros/as colaboradores/as das Instituições de Ensino Superior dessa região. Os dados apresentados destacam que a pandemia tem levado ao envolvimento direto dos participantes da pesquisa em contextos de solidariedade, mas tem despertado preocupações de natureza individualista e economicista, o que leva à reflexão sobre a reprodução de uma lógica capitalista que reforça desigualdades estruturais.
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