The main aim of this essay is to apply the Foucauldian theoretical grid to the current pandemic situation. Biopolitics has long been in vogue in academic and intellectual contexts, and it seems particularly suitable for reading post-CoViD-19 political evolutions. At the same time, the large diffusion of this concept risks to make it obsolete if we do not connect it to what we can define the Foucauldian political epidemiology. In particular, Foucault intertwines the managing of three major infectious diseases –leprosy, plague and smallpox –and three power dispositives –sovereignty, discipline and biopolitics. From this perspective, we try to understand to what extent pandemic political managing has produced a new social control and highly effective security policies, which exposes us to an unprecedented configuration of the sovereign power of making people live and let them die.
O objetivo principal deste ensaio é aplicar a grade teórica foucaultiana à situação pandêmica atual. A biopolítica está em voga há muito tempo nos contextos acadêmicos e intelectuais, e parece particularmente adequada para a leitura das evoluções políticas pós-CoViD-19. Ao mesmo tempo, a grande difusão deste conceito corre o risco de torná-lo obsoleto se não o ligarmos ao que podemos definir a epidemiologia política foucaultiana. Em particular, Foucault entrelaça o manejo de três grandes doenças infecciosas - hanseníase, peste e varíola - e três disposições de poder - soberania, disciplina e biopolítica. Nesta perspectiva, tentamos entender até que ponto a gestão política pandêmica produziu um novo controle social e políticas de segurança altamente eficazes, o que nos expõe a uma configuração sem precedentes do poder soberano de fazer as pessoas viverem e deixá-las morrer.
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