Felipe Montiel da Silva, Leonel Pires Ohlweiler, Júlia Dutra de Carvalho
O estudo investiga como o eurocentrismo estimula que a crítica decolonial aos conflitos sócio-raciais seja reduzida ao plano simbólico. Para alcançar o objetivo a investigação adotou a interdisciplinaridade como método, utilizando delineamento bibliográfico para coleta de dados. Os resultados indicam que os genocídios perpetrados ao longo da colonial-modernidade constituíram a Europa e a centralidade euro-ocidental, permitindo que as suas simbolizações sobre a realidade não fossem consideradas formas simbólicas específicas, mas, sim, abstratas e, portanto, universais de integração do real. O estudo concluiu que embora a crítica ao eurocentrismo seja capaz de identificar os genocídios/epistemicídios que o constituem, isto é, conclua que a centralidade da simbologia ocidental reside na força e não na sofisticação das suas representações sobre a realidade, é preciso que a teoria decolonial não apenas reivindique saberes insurgentes, mas legitime o uso revolucionário do padrão de força que garantiu a emergência e garante a reprodução do eurocentrismo.
The study investigates how Eurocentrism encourages that decolonial criticism of socio-racial conflicts be reduced to the symbolic level. To achievethe objective, the investigation adopted interdisciplinarity as a method, using a bibliographic design for data collection. The results indicate that the genocides perpetrated throughout colonial-modernity constituted Europe and the Euro-Western centrality, allowing their symbolizations about reality not to be considered specific symbolic forms, but rather abstract and, therefore, universal integration of the real. The study concluded that although the criticism of Eurocentrism is capable of identifying the genocides / epistemicides that constitute it, that is, consider that the centrality of Western symbology lies in the strength and not in the sophistication of its representations about reality, it is necessary that the theory decolonial not only claims insurgent knowledge, but legitimizes the revolutionary use of the pattern of force that guaranteed the emergence and guarantees the reproduction of Eurocentrism.
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