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Resumen de Passado, presente, futuro nos discursos presidenciais de celebração de Abril: unidade e diversidade na construção discursiva

Alexandra Guedes

  • Os discursos presidenciais de comemoração da Revolução de Abril constituem uma tradição que teve início em abril de 1977 e continua até aos dias de hoje, combinando as dimensões da continuidade e renovação. Proferidos por diferentes enunciadores em diferentes circunstâncias ao longo de cinquenta anos de democracia, cada um destes discursos possui uma identidade própria. Por outro lado, o seu caráter cerimonial implica a presença de elementos recorrentes que concretizam um género textual específico. Uma das recorrências é a organização semântico-pragmática em torno dos eixos passado-presente-futuro, correspondendo a três dimensões essenciais nestes discursos: evocação da data, foco no contexto da enunciação e projeção para a posteridade. Utilizando uma abordagem enunciativo-pragmática, propomo-nos analisar a forma como estas três dimensões são desenvolvidas nos discursos de comemoração de Abril dos presidentes António Ramalho Eanes e Marcelo Rebelo de Sousa. O resultado principal demonstra que estruturas linguísticas distintas materializam uma configuração semântico-pragmática similar, sintetizável na fórmula: elogio da efeméride – diagnóstico da nação – apelo à transformação. Não obstante esta configuração estável, cada enunciador constrói, por meio das suas escolhas linguísticas, forças e imagens discursivas variáveis que procuraremos ilustrar.


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