Flávia Martimiano, Márcia Maria dos Santos Bortolocci Espejo
, Guilherme Krause Alves
, Robert Armando Espejo
, João Henrique de Souza Zupirolli
O objetivo desta pesquisa foi analisar o impacto da orientação motivacional, da oportunidade percebida e da probabilidade de comportamento desonesto sobre a desonestidade acadêmica de estudantes da área de negócios nos exames on-line durante o Ensino Remoto Emergencial (ERE). Trata-se de uma pesquisa com enfoque predominantemente quantitativo, operacionalizada pela aplicação de um questionário (180 estudantes de uma universidade federal brasileira) e analisada por meio de Modelagem de Equações Estruturais, método dos Mínimos Quadrados Parciais. Adicionalmente, foi realizado o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para coletar a percepção dos principais motivos da “cola” ser mais frequentemente realizada no período de estudos on-line. Identificou-se que a colaboração coletiva não autorizada, a “cola” e o plágio foram as atitudes antiéticas mais recorrentes no período, sob a justificativa de obtenção de uma nota mais alta. O DSC apontou a falta de supervisão e de punição, além das facilidades de comunicação no período on-line, para justificar o fato de a “cola” ser mais presente no ERE do que no ensino presencial. O modelo estrutural revelou (i) uma relação negativa entre orientação motivacional e desonestidade acadêmica e (ii) uma relação positiva entre oportunidade percebida e probabilidade de comportamento desonesto sobre a desonestidade acadêmica. O estudo fornece subsídios empíricos da percepção dos alunos nos exames on-line, oferecendo uma explicação potencial para a postura (anti)ética e sua frequência, além de uma proxy para a compreensão do comportamento universitário nesse contexto.
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