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Resumen de A beleza interessada: a crítica de Nietzsche à estética de Kant

Matheus Sampaio Benites Correia

  • English

    This work proposes an analysis of Nietzsche's criticism of Kant's aesthetics, focusing on the notion of beauty. Kant argued, in his “Critique of the Faculty of Judgment”, that the aesthetic evaluation of beauty occurs in a disinterested way, promoting a suspension of sensitive and rational instincts. However, Nietzsche challenged this view in his “Genealogy of Morals”, arguing that the appreciation of beauty is intrinsically related to our individual desires, passions and interests. First, going through Heidegger's reading that perhaps Nietzsche misinterpreted Kant due to the influence of Schopenhauer, the article exposes how Nietzsche interprets the idea of ​​a “disinterested beauty” as the result of a bad conscience and argues that there is no such thing as a non-selfishness. Next, the article exposes Nietzsche's argument — based on the understanding that beauty stimulates our strengths, experiences and desires — that supports the notion of interested beauty. Thirdly and finally, based on the epistemological concept of perspectivism, this article addresses Nietzsche's rejection of Kant's notion of transcendental subject, which implicates that, if there is no subject, there can be no disinterest, remaining only forces and their  dynamics of will to power.

  • português

    Este trabalho propõe uma análise da crítica de Nietzsche à estética de Kant com foco na noção de beleza. Kant argumentou, em sua Crítica da faculdade de julgar, que a apreciação estética do belo ocorre de modo desinteressado, promovendo uma suspensão dos instintos sensíveis e racionais. Nietzsche contestou essa visão na Genealogia da moral, argumentando que a apreciação do belo está intrinsecamente relacionada aos nossos desejos, paixões e interesses individuais. Primeiro passando pela leitura de Heidegger, de que Nietzsche, devido à influência de Schopenhauer, tenha talvez interpretado equivocadamente a Kant, o artigo busca mostrar a interpretação de Nietzsche da “beleza desinteressada” enquanto fruto da má consciência em vista de desacreditar haver algo como não-egoísmo. Em seguida, expõe a argumentação apoiada na compreensão de que o belo estimula nossas forças, vivências e desejos, dando sustento à noção de beleza interessada. Por fim, a partir da concepção epistemológica do perspectivismo, aborda-se a rejeição de Nietzsche da noção de sujeito transcendental de Kant e do modo como, ausente de sujeito, restam apenas as forças e suas dinâmicas de vontade de poder.


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