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Cenizas del Antropoceno: omisiones de carbón y estratigrafía tóxica en Tocopilla (Chile)

    1. [1] Universidad Católica del Norte

      Universidad Católica del Norte

      Antofagasta, Chile

    2. [2] Universidad de Ámsterdam, Países Bajos
    3. [3] Universidad de Stanford, Estados Unidos
  • Localización: Revista Colombiana de Antropología, ISSN-e 0486-6525, Vol. 60, Nº. 3, 2024 (Ejemplar dedicado a: Misceláneo)
  • Idioma: español
  • Títulos paralelos:
    • Cinzas do Antropoceno: omissões de carbono e estratigrafia tóxica em Tocopilla (Chile)
    • Anthropocene ashes: carbon omissions and toxic stratigraphy in Tocopilla (Chile)
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      Este artículo ofrece una crítica transdiciplinaria a la abstracción capitalista de la “carbono-neutralidad” a partir de un análisis situado de la producción de energía para la gran minería de cobre y, recientemente, también de litio en la ciudad de Tocopilla (norte de Chile). Al examinar las transformaciones sociales y materiales gatilladas por la producción de energía para la gran minería durante el siglo XX, este trabajo problematiza dicha neutralidad demostrando cómo la reducción de emisiones corporativas de la gran minería en Chile opera a través de la producción de omisiones de carbón, a saber, a través de la omisión de los sedimentos tóxicos producidos por la combustión de varios combustibles que han generado lo que llamamos cenizas del Antropoceno. Para visualizar estos sedimentos, proponemos experimentar con una estratigrafía tóxica situada que revela los procesos históricos que precedieron la acumulación de cenizas sobre los sedimentos cuaternarios del acantilado costero, y que también explora los efectos actuales y futuros de la interacción entre estas capas. En última instancia, nuestro análisis situado en Tocopilla muestra cómo la carbono-neutralidad minera funciona como una abstracción con aspiraciones capitalistas que, al proponer discursivamente el desarrollo de transiciones energéticas, omite las transformaciones materiales y tóxicas desencadenadas por transiciones mineras.

    • English

      This article offers a transdisciplinary critique of “carbon neutrality”. We present a sit-uated analysis of energy production for large-scale copper and lithium mining in the city of Tocopilla (northern Chile). Examining the social and material transformations triggered by the production of energy for large-scale mining during the 20th century, this article problematizes carbon neutrality by demonstrating how large-scale mining corporations in Chile claim emissions reduction by producing carbon omissions, most notably by ignoring the toxic sediments of fuel combustion. We see these residues as the ashes of the Anthropocene. To render them visible, we experiment with a sit-uated toxic stratigraphy, aimed at visualizing the historical processes that preceded the accumulation of ash on the Quaternary sediments of the coastal bluff. This visual-ization also explores the current and future effects of the interaction between strati-graphic layers. Ultimately, our analysis of Tocopilla shows how the carbon neutrality claimed by the mining industry functions as a capitalist abstraction, one that can only succeed by omitting the material and toxic transformations triggered by the so-called energy transition, which in the material world is actually a mining transition.

    • português

      Este artigo oferece uma crítica transdisciplinar da abstração capitalista da “neutra-lidade do carbono” por meio de uma análise situada da produção de energia para a mineração de cobre em larga escala e, mais recentemente, de lítio na cidade de Tocopilla (norte do Chile). Ao examinar as transformações sociais e materiais desenca-deadas pela produção de energia para a mineração em larga escala durante o século XX, este artigo problematiza essa neutralidade ao demonstrar como as reduções de emissões corporativas da mineração em larga escala no Chile operam por meio da produção de omissões de carbono, ou seja, por meio da omissão dos sedimentos tóxi-cos produzidos pela combustão de vários combustíveis que geraram o que chamamos de cinzas do Antropoceno. Para visualizar esses sedimentos, propomos experimentar uma estratigrafia tóxica situada que revele os processos históricos que precederam o acúmulo de cinzas nos sedimentos quaternários do penhasco costeiro e que também explore os efeitos atuais e futuros da interação entre essas camadas. Por fim, nossa análise situada em Tocopilla mostra como a neutralidade de carbono da mineração funciona como uma abstração com aspirações capitalistas que, ao propor discursiva-mente o desenvolvimento de transições de energia, omite as transformações mate-riais e tóxicas desencadeadas pelas transições da mineração.


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