Resumen de A Teoria Ator-Rede aplicada às Tecnologias Sociais: construindo redes sem pontos de passagem obrigatórios

Bruno Rossi Lorenzi, Rafael de Brito Dias, Thales Haddad Novaes de Andrade

• português

  O presente artigo apresenta um conjunto de reflexões acerca da aplicação da Teoria Ator-Rede (TAR) em casos já estudados de tecnologias sociais, compreendidas como intervenções sociotécnicas envolvendo indivíduos, grupos ou comunidades em contextos informais de produção de conhecimento e orientadas à promoção da inclusão social. Buscamos, aqui, mostrar como a TAR pode ser útil no estudo de experiências dessa natureza e contribuir, assim, para a análise de tecnologias sociais. Além disso, o artigo tem como objetivo apontar os limites da TAR quando se analisa tecnologias sociais, especialmente nos casos que se enquadram nos princípios da Adequação Sociotécnica e visam a autonomia dos usuários. Por fim, propomos conceitos que deem conta dessas limitações e contribuam para a análise de tecnologias sociais e inovação inclusiva, como o conceito de caixa-aberta e ponto de passagem não-obrigatório. Esperamos que com isso a TAR possa ser utilizada com mais frequência na análise de Tecnologias Sociais e Inovações Inclusivas, já que as suas limitações são em grande parte superadas com a adoção desses conceitos.

• English

  This paper presents a set of reflections on the application of the Actor-Network Theory (ANT) in previous case studies regarding social technologies, understood as socio-technical interventions involving individuals, groups or communities in informal contexts of knowledge production and oriented towards promoting social inclusion. We attempt to show how ANT can be useful in studying experiences of this nature, and thus contribute to the analysis of social technologies. In addition, the article aims to point out the limits of ANT when analyzing social technologies, especially in cases that fit the principles of Sociotechnical Adequacy and aim at users' autonomy. Finally, we propose concepts that address these limitations and contribute to the analysis of social technologies and inclusive innovations, such as the open-box concept and passage point no obligatory. We hope that this will enable ANT to be used more often when analyzing social technologies, as its limitations are largely overcome by adopting these concepts.