¿Existe un imaginario en Argentina en torno al desarrollo? ¿Cuáles son los discursos políticos, en relación con temas ambientales y los recursos naturales, que contribuyen a la construcción de dicho imaginario? ¿Estos discursos son estrictamente exclusivos, o es posible que múltiples narrativas se fusionen de manera profundamente intrincada? ¿Cómo estos discursos se han modificado a lo largo de la historia política reciente del país? Este artículo analiza los diversos discursos construidos desde las élites políticas en relación con el desarrollo en el periodo 2011 a 2023, una etapa que abarca los tres procesos electorales más recientes, atravesando por cuatro gobiernos distintos. Los discursos varían desde dónde se lo pronuncian, pero comparten una intención explícita de fomentar un imaginario optimista sobre el modelo económico basado en la extracción de los recursos naturales. Nuestra hipótesis sostiene que se ha evidenciado en este período una evolución en cómo se articulan y circulan los discursos en el ámbito político, desde posturas que impulsan el carácter estratégico de los recursos naturales, hacía conceptualizaciones que mercantilizan la naturaleza.
Metodológicamente, nuestro enfoque realiza un análisis exhaustivo de los debates presidenciales de Argentina en 2015, 2019, y 2023, centrándose en temas relacionados con el medio ambiente, la energía y los recursos naturales. Con el fin de proporcionar un panorama más amplio de la campaña electoral, examinamos diversas fuentes oficiales vinculadas con los candidatos, material periodístico, contenido en redes sociales, material audiovisual y fuentes secundarias del mismo periodo.
Los discursos referentes a temas ambientales y recursos naturales en Argentina abarcan diversas representaciones simbólicas, que incluyan la perspectiva de los recursos naturales como commodities, el desarrollo sustentable, los recursos naturales como estratégicos, el greenwashing, las soluciones tecnocientíficas y el negacionismo del cambio climático. En el contexto de abruptas oscilaciones del péndulo político en el pasado reciente, se ha observado que estos discursos no operan de manera excluyente, sino que, por el contrario, se entrelazan y superponen de manera compleja, influenciadas por los intereses en juego. Un análisis detenido de los debates presidenciales a lo largo del periodo revela una tendencia de minimizar el tratamiento a los temas ambientales subordinados a temas económicos.
Las narrativas que al inicio del periodo valoraban los recursos como estratégicos para la soberanía nacional han experimentado un desplazamiento más recientemente hacia discursos basados en lógicas economicistas, conceptualizaciones del desarrollo sustentable y la emergencia de negacionismo del cambio climático.
Does an imaginary exist in Argentina regarding development? What are the political discourses related to environmental issues and natural resources that contribute to the construction of such an imaginary? Are these discourses strictly exclusive, or is it possible for multiple narratives to intricately coalesce? How have these discourses changed throughout the recent political history of the country? This article examines the diverse discourses constructed by political elites in relation to development during the period 2011 to 2023, a phase that encompasses the three most recent electoral processes and traversing four different governments. The discourses vary depending on where they originate, but they share an explicit intention to foster an optimistic imaginary about the economic model based on the extraction of natural resources. Our hypothesis asserts that during this period, there has been evidence of an evolution in how discourses are articulated and circulated in the political sphere, moving from positions emphasizing the strategic nature of natural resources towards conceptualizations that commodify nature.
Methodologically, our approach conducts a comprehensive analysis of the presidential debates in Argentina in 2015, 2019, and 2023, focusing on issues related to the environment, energy, and natural resources. To provide a broader overview of the electoral campaign, we examine various official sources related to the candidates, journalistic material, social media content, audiovisual material, and secondary sources from the same period.
Discourses referring to environmental issues and natural resources in Argentina encompass various symbolic representations, which include the perspective of natural resources as commodities, sustainable development, natural resources as strategic resources, greenwashing, technoscientific solutions, and climate change denial. In the context of drastic oscillations of the political pendulum, it has been observed that these discourses are not mutually exclusive, on the contrary, they intertwine and overlap in complex ways, influenced by the interests in play. A careful analysis of the presidential debates throughout the period reveals a tendency to minimize the treatment of environmental issues subordinated to economic concerns. At the beginning of the period, a narrative that valued resources as strategic for national sovereignty has recently experienced a shift towards discourses based on economic logic, ideas of sustainable development, and the emergence of climate change denialism.
Existe um imaginário na Argentina em torno do desenvolvimento? Quais são os discursos políticos, em relação aos temas ambientais e aos recursos naturais, que contribuem para a construção de tal imaginário? Esses discursos são únicos, ou é possível que múltiplas narrativas se fundam de maneira profundamente intrincada? Como esses discursos se modificaram ao longo da história política recente do país? Este artigo analisa os diversos discursos construídos pelas elites políticas em relação ao desenvolvimento no período de 2011 a 2023, uma etapa que abrange os três processos eleitorais mais recentes, atravessando quatro governos distintos. Os discursos variam de acordo com o local onde são proferidos, mas compartilham uma intenção explícita de fomentar um imaginário otimista sobre o modelo econômico baseado na extração dos recursos naturais. Nossa hipótese sustenta que se evidenciou neste período uma evolução em como se articulam e circulam os discursos no âmbito político, desde posturas que impulsionam o caráter estratégico dos recursos naturais, até conceitualizações que mercantilizam a natureza.
Metodologicamente, nosso enfoque realiza uma análise exaustiva dos debates presidenciais da Argentina em 2015, 2019 e 2023, focando em temas relacionados ao meio ambiente, energia e recursos naturais. Com o objetivo de fornecer um panorama mais amplo da campanha eleitoral, examinamos diversas fontes oficiais vinculadas aos candidatos, material jornalístico, conteúdo em redes sociais, material audiovisual e fontes secundárias do mesmo período.
Os discursos referentes a temas ambientais e recursos naturais na Argentina abrangem diversas representações simbólicas, que incluem a perspectiva dos recursos naturais como commodities, o desenvolvimento sustentável, os recursos naturais como estratégicos, o greenwashing, as soluções tecnocientíficas e o negacionismo da mudança climática.
No contexto de abruptas oscilações do pêndulo político no passado recente, observouse que esses discursos não operam de maneira excludente, mas que, ao contrário, se entrelaçam e se sobrepõem de maneira complexa, influenciados pelos interesses em jogo.
Uma análise detalhada dos debates presidenciais ao longo do período revela uma tendência de minimizar o tratamento dos temas ambientais, subordinando-os aos temas econômicos.
As narrativas que no início do período valorizavam os recursos como estratégicos para a soberania nacional experimentaram um deslocamento mais recentemente para discursos baseados em lógicas economicistas, conceitualizações do desenvolvimento sustentável e o surgimento do negacionismo da mudança climática.
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