Resumen de Constructos del agua, mercancía y valor
- español
El trabajo recupera algunas categorías de las ciencias sociales para hacer un análisis del agua en dos líneas generales: la primera, como una construcción social donde participan varios actores comunales, sociales e institucionales, y que desde una perspectiva histórica se remonta a la etapa liberal de la primera mitad del siglo XX. Sin embargo, trasciende hasta el “desarrollismo” de la posguerra, el cual, en términos de recurso hídrico, se concibe como un servicio público gestionado por municipalidades, comunidades y luego por el Servicio Nacional de Acueductos y Alcantarillados (SNAA, conocido como AyA), una institución del Estado. En segundo lugar, se estudia la transición del agua como valor de uso (que suple una necesidad) a valor de cambio, utilizando como recurso metodológico la “elasticidad” de la mercancía, una suerte de onda larga expansiva e insertada en un debate político externo de los años sesenta y setenta, que confrontó a movimientos sociales diversos y élites empresariales estadounidenses, pues veían amenazado el concepto de “libre empresa”, el cual deriva en un “liberalismo autoritario” con efectos hasta el presente, al imponerse la lógica del “mercado total”, donde los mercados del agua con sus empresas trasnacionales y las cotizaciones en bolsa decidirán mediante las leyes de la oferta/demanda el reparto de este recurso en el planeta
- English
The work revisits certain categories within social sciences to analyze water through two primary lenses. The first lens views water as a social construct, involving various communal, social, and institutional actors. This perspective has historical roots extending back to the liberal era of the early 20th century and continues through the post-war period of 'developmentalism.' During this time, water resources were seen as a public service managed by municipalities, communities, and, following the establishment of the Sistema Nacional de Acueductos y Alcantarillados (SNAA, known as AyA) in 1961, by a centralized state institution. Secondly, the study examines the transition of water from a 'use value' (satisfying a need) to an 'exchange value.' This analysis employs the concept of 'elasticity' of the commodity, representing a kind of expansive long wave embedded in the international political debates of the sixties and seventies. These debates involved various social movements and American business elites, who perceived the concept of 'free enterprise' as under threat. This resulted in 'authoritarian liberalism,' which has had lasting effects. In the present era, a 'total market' logic prevails, where water markets, transnational corporations, and stock market pricing determine the distribution of this resource on the planet through supply and demand laws.
- português
O trabalho recupera algumas categorias das ciências sociais para fazer uma análise da água em duas linhas gerais, a primeira como uma construção social onde participam vários atores, comunais, sociais e institucionais, que, numa perspectiva histórica, remonta à fase liberal da primeira metade do século XX, mas que o transcende até ao "desenvolvimento" do pós-guerra, que, em termos de recursos hídricos, é concebido como um serviço público gerido por municípios, comunidades e depois de criado o Serviço Nacional de Aquedutos e Esgotos -SNAA- (conhecido como Aya) em 1961, também por uma instituição centralizada do Estado. Em segundo lugar, analisa-se a transição da água como valor de uso (que supre uma necessidade) a valor de troca, utilizando-se como recurso metodológico a "elasticidade" da mercadoria, uma espécie de onda longa expansiva e inserida em um debate político externo dos anos sessenta e setenta, que confrontou movimentos sociais diversos e elites empresariais norte-americanos que viam ameaçado o conceito de "livre empresa", que resulta num "liberalismo autoritário" com efeitos até agora, ao impor-se a lógica do "mercado total" onde os mercados da água com as suas empresas transnacionais e as cotações na bolsa decidirão mediante as leis da oferta/demanda a partilha deste recurso no planeta.
