Cristian Parker, José Miguel Pérez, Paulina Vargas
En los procesos de Evaluación de Impacto Ambiental (EIA) intervienen una variedad de actores que, a través de su discurso, evidencian una serie de diferencias en la manera cómo se concibe el ambiente. El presente artículo analiza los discursos y semióticas de la EIA, y en ellos el contraste y asimetrías que se observan en las formas de conocimiento y lenguajes de los actores involucrados en esos procesos. Se maneja como hipótesis que los conocimientos ambientales, en el contexto de eia, deben ser abordados como el despliegue simultáneo y articulado de estructuras semióticas complejas que construyen formas diferenciadas y asimétricas de concepción del ambiente.
El artículo es el resultado de un estudio de caso en un proyecto hidroeléctrico emblemático en Chile, con metodologías cualitativas y análisis del discurso de los actores involucrados.
Los resultados indican que el discurso institucional es autorreferente en el espacio jurídico y el impacto ambiental queda definido normativa y no sustantivamente. El discurso empresarial, por su parte, pone énfasis en la finalidad del desarrollo socioeconómico. Los funcionarios ambientales se centran en evaluar y fiscalizar, mientras los científicos se enfocan en proteger la salud y el medio ambiente. Por su parte, desde códigos restringidos, el discurso de las comunidades y actores locales declara como objetivo cuidar el hábitat y salvaguardar el futuro de “nuestros hijos”.
No solo se observan asimetrías de lenguaje y de información sino también en la forma y el contenido de los discursos, en sus códigos. Incluso, la predominancia de códigos regulatorios por sobre los códigos de lenguajes de conocimientos tácitos y holísticos acerca del ambiente, en los procesos de evaluación ambiental, genera sesgos que limitan la evaluación ambiental y la participación ciudadana.
El objeto de este trabajo ha sido contribuir a comprender cómo se configuran estos discursos, a través del relato de los principales actores involucrados, considerando la semántica del lenguaje a través de un análisis semiótico y sociológico.
In the Environmental Impact Assessment (eia) processes, multiple actors are involved. Through their discourses, they show a series of differences in the way they conceive the environment. This article analyzes the discourses and semiotics, the contrasts and asymmetries, observed in the forms of knowledge and languages of the actors involved in eia. The main hypothesis is that environmental knowledge, in the context of eia, should be apprehended as a simultaneous and articulated deployment of complex semiotic structures that build differentiated and asymmetric forms of conceptions of the environment.
The article is the result of an empirical case study research of an emblematic hydroelectric project in Chile, using qualitative methodologies, and a discourse analysis. The results show that the institutional discourse is self-referential in juridical terms and the environmental impact is defined by a normative and not a substantive way. The businesspersons discourse, for its part, emphasizes the goal of socioeconomic development. Environmental officials focus on assessing and supervising, while scientists on protecting health and the environment. On the other hand, from restrictive codes, communities’ and local actors’ discourses asserts the goal of caring for the habitat and safeguarding the future of “our children”.
We observe asymmetries in the form and content of speeches, and codes, not only about language and about information. Indeed the predominance of regulatory codes over tacit and holistic knowledge codes about the environment (in eia) engenders biases that limit environmental evaluation and citizen participation.
The purpose of this work is to contribute to understand the construction of these discourses through the narrative of the main actors involved, considering the different semantic dimensions through a semiotic and a sociological analysis.
Nos processos de Avaliação de Impacto Ambiental (aia), intervêm diversos atores que, por meio de seus discursos, mostram uma série de diferenças na forma como o meio ambiente é concebido. Este artigo analisa os discursos e a semiótica da aia, e neles os contrastes e assimetrias que se observam nas formas de conhecimento e nas linguagens dos atores envolvidos nesses processos. A hipótese é que o conhecimento ambiental, no contexto da aia, deve ser abordado como o desdobramento simultâneo e articulado de estruturas semióticas complexas que constroem formas diferenciadas e assimétricas de concepção do ambiente.
O artigo é resultado de uma pesquisa de estudo de caso em um projeto hidrelétrico emblemático no Chile, com metodologias qualitativas, e análise do discurso. Os resultados indicam que o discurso institucional é autorreferencial no espaço jurídico e o impacto ambiental é definido normativamente e não substantivamente. O discurso empresarial, por sua vez, enfatiza a finalidade do desenvolvimento socioeconômico. As autoridades ambientais se concentram em avaliar e monitorar, enquanto os cientistas se concentram em proteger a saúde e o meio ambiente. Por outro lado, a partir de códigos restritivos, o discurso das comunidades e atores locais declara o objetivo de cuidar do habitat e salvaguardar o futuro dos “nossos filhos”.
Observam-se assimetrias na forma e no conteúdo dos discursos, em seus códigos não apenas assimetrias de linguagem e informação. Mesmo a predominância de códigos regulatórios sobre os códigos de linguagem do conhecimento tácito e holístico sobre o meio ambiente, nos processos de avaliação ambiental, gera vieses que limitam a avaliação ambiental e a participação do cidadão. O objetivo deste trabalho foi contribuir para a compreensão desses discursos a partir de uma análise semiótica e sociológica.
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