En este articulo analizo el proceso de reincorporación colectiva de los exmiembros de las FARC-EP bajo la perspectiva de los mundos sociales. El término mundos sociales surge como una perspectiva sociológica desarrollada por la Escuela de Chicago, que entiende los procesos de cambio social a través de la comprensión de las interdependencias y esquemas compartidos entre diferentes grupos sociales que se transforman por sí mismos a través de nuevas formas de comunicación y relacionamiento. Para esto, exploré las contribuciones de los exintegrantes de las FARC-EP al proceso de paz en Colombia y las implicaciones que tiene su interacción con otros mundos sociales en su adecuada reincorporación social, política y económica. Bajo una etnografía multisituada, durante 2018 y 2019 en tres territorios de Colombia (Agua Bonita, Llano Grande y San José de León), exploré las prácticas locales de los exmiembros de las FARC-EP y su relacionamiento con entidades nacionales, internacionales y con comunidades aledañas. Para esta investigación llevé a cabo 58 entrevistas con exintegrantes de las FARC-EP y 12 con comunidades vecinas, las cuales fueron complementadas con observación participante y diarios de campo. Identifiqué que las prácticas colectivas de reincorporación ofrecen nuevas formas de entender los mundos sociales bajo un equilibrio de poderes y nuevos liderazgos que favorecen procesos de autosostenibilidad en los territorios. Al valorar la agencia y emprendimiento local se favorecen dinámicas de reincorporación que benefician la reconciliación y la paz territorial. Sin embargo, la manipulación de recursos y poderes sociales puede convertir a los excombatientes de las FARC-EP en otro actor pasivo de la sociedad, en el que su mundo social termina siendo absorbido por otros actores que tienen más poder y control social en los territorios. Si no se valoran las iniciativas colectivas de los exintegrantes de las FARC-EP se corre el riesgo de que sigamos limitados a estructuras hegemónicas y dominantes que minimizan iniciativas locales de paz y, por ende, la participación de los exmiembros de las FARC-EP en la construcción de la paz en Colombia.
In this article I analyze the collective reincorporation process of FARC-EP ex-members from the perspective of social worlds. The term social worlds emerge as a sociological perspective developed by the Chicago School of Sociology that understands the processes of social change through the comprehension of the interdependencies and shared schemas between different social groups that transform themselves through new forms of communication and relationships. In doing so, I explore the contributions of FARC-EP ex-members towards the peace process in Colombia and the implications of their interaction with other social worlds in their successful social, political, and economic reincorporation. Under a multisite ethnography, during 2018 and 2019 in three territories in Colombia (Agua Bonita, Llano Grande, and San José de León), I explored the local practices of FARC-EP ex-members and their relationship with national, international organisations, and with neighbouring communities. For this research, I conducted 58 interviews with farc-ep ex-members and 12 with neighbouring communities, complemented by participant observation and field diaries. Collective reincorporation practices offer new ways of understanding the social worlds under a balance of power and new leaderships that favour self-sustainability processes in the territories. Valuing the agency and local empowerment benefits the reincorporation, the reconciliation, and the territorial peace processes. However, the manipulation of resources and social powers can turn FARC-EP ex-members into another passive actor in society, in which their social worlds may be absorbed by other actors who have more power and social control in the territories. Without giving value to the collective initiatives of FARC-EP ex-members, there is a risk that we will be limited to hegemonic and dominant structures that minimise local peace initiatives and therefore the participation of FARC-EP ex-members in peacebuilding in Colombia.
Neste artigo, analiso o processo de reincorporação coletiva dos ex-membros das FARC-EP a partir da perspectiva do mundo social. O termo mundos sociais emerge como uma perspectiva sociológica desenvolvida pela Chicago School of Sociology que compreende os processos de mudança social através da compreensão das interdependências e esquemas compartilhados entre diferentes grupos sociais que se transformam através de novas formas de comunicação e relacionamentos. Ao fazer isso, exploro as contribuições dos ex-membros das farc-ep para o processo de paz na Colômbia e as implicações de sua interação com outros mundos sociais em sua bem sucedida reincorporação social, política e econômica. Sob uma etnografia multilocal, durante 2018 e 2019 em três territórios da Colômbia (Água Bonita, Llano Grande e San José de León), exploro as práticas locais dos ex-membros das FARC-EP e suas relações com organizações nacionais e internacionais e com as comunidades vizinhas. Para esta pesquisa, realizei 58 entrevistas com ex-membros das FARC-EP e 12 com as comunidades vizinhas, complementadas pela observação participante e diários de campo. As práticas de reincorporação coletiva oferecem novas formas de entender o mundo social sob um equilíbrio de poder e novas lideranças que favorecem os processos de auto-sustentabilidade nos territórios. Valorizar a agência e o empoderamento local beneficia os processos de reincorporação, beneficia a reconciliação e a paz territorial. Entretanto, a manipulação de recursos e poderes sociais pode transformar os ex-membros das FARC-EP em outro ator passivo da sociedade, no qual seu mundo social acaba sendo absorvido por outros atores que têm mais poder e controle social nos territórios. Sem dar valor às iniciativas coletivas dos ex-membros das FARC-EP, existe o risco de continuarmos a nos limitar às estruturas hegemônicas e dominantes que minimizam as iniciativas locais de paz e, portanto, a participação dos ex-membros das FARC-EP na construção da paz na Colômbia.
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