El tratado de libre comercio de 2003 entre EEUU y Chile, considerado por muchos como algo coherente con la estrategia chilena de liberalización comercial de largo plazo, engendró sin embargo un fuerte e inesperado debate centrado en la propuesta de eliminación de las bandas de precio que protegían a los cultivos tradicionales chilenos. La oposición al acuerdo fue montada por la conservativa Alianza por Chile y ofrece un intrigante estudio de caso político que sugiere que es posible que una postura populista alrededor de acuerdos de libre comercio persista mucho después de que una estrategia de liberalización comercial se haya afianzado. El artículo explora cómo la liberalización agrícola será un desafío para la coalición gobernante chilena si ésta desea alcanzar negociaciones comerciales al tiempo que busca evitar costosas batallas políticas sobre los costos económicos de abandonar los subsidios a los precios junto a los desafíos de “reconvertirse” en un sector orientado a la exportación. Aún con el fuerte consenso de las élites alrededor de la liberalización comercial en Chile, las interconexiones entre los grupos de interés sectorial, las políticas domésticas y las negociaciones comerciales siguen siendo relevantes, y merecen ser analizadas con atención.
The 2003 US-Chile free trade agreement, regarded by many as consistent with Chile's long-held trade liberalisation strategy, nonetheless engendered a surprisingly vigorous debate focused on the proposed elimination of the bandas de precio protecting traditional agricultural crops. Opposition to the agreement, mounted by the conservative Alianza por Chile, offers an intriguing political case study that suggests that populist posturing surrounding free trade agreements may persist long after a trade liberalisation strategy has become well-established. This article argues that agricultural liberalisation will be a significant challenge for Chile's governing coalition if it wishes to pursue trade negotiations while seeking to avoid costly political battles at home over the economic costs of abandoning price supports and the challenges of ‘reconverting’ to an export-oriented sector. Even given the strong elite consensus around trade liberalisation in Chile, the interconnections between sectoral interest groups, domestic politics and trade negotiations remain relevant, and deserving of analytical attention.
O acordo de livre comércio de 2003 entre o Chile e os EUA, visto por muitos como consistente com a estratégia chilena de liberalização empregada há muito tempo, gerou, todavia, um debate surpreendentemente vigoroso, focado na proposta de eliminação das bandas de precio que protegem safras agrícolas. Oposição ao acordo foi intensificada pela conservadora Alianza por Chile e oferece um estudo de caso intrigante, sugerindo que posicionamentos populistas em volta de acordos de livre comércio podem persistir por muito tempo após o estabelecimento de uma estratégia de liberalização do comércio. O artigo explora como a liberalização agrícola será um desafio importante para a coalizão governante do Chile se o país desejar buscar negociações comerciais enquanto procura evitar custosas brigas políticas internas em torno dos custos econômicos do abandono da sustentação de preços, e os desafios da ‘reconversão’ para um setor orientado à exportação. Mesmo dado o forte consenso da elite em torno da liberalização do comércio no Chile, as interligações entre grupos de interesse setoriais, políticas domésticas e negociações sobre o comércio continuam a ser relevantes e merecedoras de atenção analítica.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados