Les mots et les choses is defined by Foucault as an archaeological history of modern knowledge. It is, therefore, a history of the present. It is recognized that the present, called modernity, configures a radically new epistemological space. The first signs of this novelty can be detected in the second half of the 18th century. It is the Cogito aged. After Kant, the appearance of life, the work, and the language, the knowledge by images no longer stands. With these new objects, especially the critical philosophy, knowing requires proceeding to a transcendental field, where the cogito opens for non-thought. Where the subject becomes a function of thought. Before representing, inventing. A gesture that opens the possibility of something missing throughout the history of western culture: literature. It is not a question of despising literary works in former times, but this status would be granted, retrospectively, by us. Writing was to communicate a truth, either of founder heroes (epic), future (prophecy), or nature (prose in the world). In literature, language appears in your being. Its truths (unreality) were born of nothing.
Les mots et les choses é definida por Foucault como uma história arqueológica dos saberes modernos. É, pois, uma história do presente. Reconhece-se que o presente, denominado modernidade, configura um espaço epistemológico radicalmente novo. Os primeiros sinais dessa novidade podem ser detectados já na segunda metade do século XVIII. É o Cogito envelhecido. Com Kant, o aparecimento da vida, do trabalho e da linguagem, o conhecimento por imagens não mais se sustenta. Com esses novos objetos, e especialmente com a filosofia crítica, conhecer exige haver-se com um campo transcendental, aonde o cogito se abre para o não pensamento. Onde o sujeito se torna função de pensamento. Antes que representar, inventar. Gesto que abre a possibilidade de algo ausente em toda a história da cultura ocidental: a literatura. Não se trata de desprezar obras literárias de épocas anteriores, mas esse estatuto seríamos nós que, retrospectivamente, lhes conferimos. Escrever era comunicar uma verdade, quer dos heróis fundadores (epopeia) quer do futuro (profecia), quer da natureza (prosa do mundo). Na literatura a linguagem comparece em seu ser. Suas verdades (irrealidades) nascem do nada.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados