Resumen de Educação popular e educação de pessoas jovens e adultas entre tempos de enlaces e travessias

Marcia Soares de Alvarenga, Maria Clarisse Vieira

• português

  Este artigo tem como objetivo abordar os entrelaçamentos entre o Grupo de Trabalho – Educação Popular (GT 06) e o Grupo de Trabalho-Educação de Pessoas Jovens e Adultas (GT 18), acentuando as condições que fizeram com que pesquisadores dedicados aos estudos da educação de jovens e adultos postulassem um lugar de debates para discussões de pesquisas de interesses específicos na estrutura organizativa da Anped. O artigo ancora-se na teoria crítica formulada por Walter Benjamin em especial, o conceito materialista-dialético de história escovada a “contrapelo” de modo a ressaltar as travessias e passagens que repercutiram em aparentes dissonâncias em relação ao campo da Educação Popular. O artigo lança mão de análise bibliográfica e documental, tendo em vista abordar os 40 anos da criação do GT de Educação Popular, incluindo os acontecimentos que principiam o reposicionamento de pesquisadores para a definição de um campo de pesquisas sobre educação de jovens e adultos, por meio do GT18. Argumenta-se que, no contexto nacional, as condições produzidas pela transição democrática contribuíram para uma conjuntura favorável às travessias para se pensar epistemologias e ressignificações de experiências tanto na educação popular quanto na educação de jovens e adultos, na perspectiva escolar. Além de capturar dissonâncias que levaram a constituir este grupo em suas especificidades, o texto mostra as interfaces entre estes grupos no campo acadêmico, por meio dos enfrentamentos contra ações impostas pelo desmonte da democracia, pelo cerco criminoso aos povos originários, pelos povos quilombolas e trabalhadores do campo e da cidade. O texto indica que a criação do GT 18 não significou rupturas com princípios que orientam a EJA na perspectiva da Educação Popular, considerando que a modalidade traz consigo a marca social dos oprimidos, cujas histórias estão abertas a escritas rebeldes

• English

  This article aims to address the intertwining between the Popular Education (GT 06) Working Group and the Education of Young and Adult People (GT 18) Working Group, emphasizing the conditions that made researchers dedicated to studying the education of young people and adults to postulate a place of debates for discussions of research of specific interests in the organizational structure of Anped. The article is anchored in the critical theory formulated by Walter Benjamin, in particular the materialist-dialectical concept of history being gone through against the grain in order to highlight the crossings and passages that had an impact on apparent dissonances in relation to the field of Popular Education. The article makes use of bibliographical and documental analysis, in order to approach the 40 years of the creation of the Popular Education GT 18, including the events that begin the repositioning of researchers to define a field of research on youth and adult education, for middle of GT 18. The article argues that, in the national context, the conditions produced by the democratic transition contributed to a conjuncture favorable to the crossings to think about epistemologies and resignifications of experiences both in Popular Education and in the education of young people and adults from a scholar perspective. In addition to capturing dissonances that led to the formation of this group in its specificities, the text shows the interfaces between these groups in the academic field through confrontations against actions imposed by the dismantling of democracy, by the criminal siege of native peoples, by quilombola’s people and workers. From the country side and the city. The text also indicates that the creation of G 18 did not mean that there were ruptures with principles that guide YAE in the perspective of Popular Education, considering that the modality brings with it the social mark of systemically oppressed groups, whose stories are open to rebellious writings.