Até à primeira metade do século XX, a historiografia da arte portuguesa foi fortemente influenciada pelos valores ideológicos nacionalistas e pelas questões da identidade nacional, que procuraram obcessivamente definir o espírito e a essência estética portuguesa. Estas premissas teóricas tiveram consequências imediatas e duradouras na academia portuguesa, silenciando durante largas décadas o património edificado durante o século XVIII no Alentejo (sul de Portugal). O contributo de Robert Chester Smith (1912-1975) para o sedimentar de novas abordagens foi indiscutível, ao permitir dar leitura a edifícios até então negligenciados, através do reconhecimento de dois caminhos complementares: o clássico e o barroco.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados