Las representaciones de Ricardo Carpani son aún hoy referencias ineludibles en la gráfica militante. Sus trabajadores de cuerpos fornidos reclamando por derechos en huelgas y manifestaciones se tornaron, desde los años sesenta en adelante, recurrentes en el discurso visual contestatario. Mientras que su producción anterior mereció reiteradas reconstrucciones e interpretaciones, este trabajo se centra en un período menos conocido del artista argentino, analizando el arco temporal que se extiende desde un conjunto de iniciativas colectivas de apoyo a procesos revolucionarios en los primeros setenta hasta su militancia contra las dictaduras durante su exilio europeo. Estudiando una diversidad de fuentes provenientes de archivos situados en América Latina y Europa, el artículo postula que la transformación de su obra durante esta etapa de su trayectoria expresa una reconversión militante en dicho proceso histórico, fruto del cambio de época, del contexto cultural y de los imaginarios sociales evocados. Este trabajo permite así proponer una reflexión en torno a la manera en la que evolucionó la percepción social del rol político del arte en ese momento de giro global.
As representações de Ricardo Carpani são ainda hoje referências incontornáveis na gráfica militante. Os seus trabalhadores com entidades fortes reivindicativas de direitos em greves e manifestações tornaram-se, a partir dos anos 60, recorrentes no discurso visual de protesto. Embora a sua produção anterior tenha merecido repetidas reconstituições e interpretações, este trabalho centra-se num período menos conhecido do artista argentino, analisando o arco temporal que se estende desde um conjunto de iniciativas colectivas de apoio aos processos revolucionários no início dos anos setenta até à a sua militância contra as ditaduras durante o seu exílio europeu. Estudando uma diversidade de fontes provenientes de arquivos localizados na América Latina e na Europa, o artigo postula que a transformação da sua obra nesta fase da sua carreira expressa uma reconversão militante neste processo histórico, fruto da mudança de época, do contexto cultural e dos imaginários sociais evocados. Este trabalho permite-nos assim propor uma reflexão sobre a forma como evoluiu a percepção social do papel político da arte naquele momento de mudança global.
Ricardo Carpani's representations are still unavoidable references in militant graphics today. Its workers of burly bodies demanding their rights in strikes and demonstrations became, from the ‘60s, recurring in the rebellious visual discourse. While his previous production deserved many reconstructions and interpretations, this paper focuses on a lesser-known period of the Argentinean artist, analyzing the time span that extends from a set of collective initiatives in support of revolutionary processes to his activism against dictatorships during his European exile. Considering a diversity of sources from archives located in Latin America and Europe, this article aims to show that the transformation of his work during this stage of his career expresses his militant reconversion in that historical process, the result of the change of era, the cultural context and the social imaginaries evoked. This paper allows us to propose a reflection on the social perception of the political role of art in this global turning moment.
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