El 13 de Mayo es la principal efeméride celebrada por la Comunidad Quilombola de Monte Alegre, formada en el proceso de transición de la esclavitud para la libertad en Cachoeiro de Itapemirim, el principal polo de concentración de esclavizados de Espírito Santo en la segunda mitad del siglo XIX. En la tradición oral de Monte Alegre, la abolición es el marco divisor entre el tiempo de la esclavitud y el tiempo de la libertad (oficial), simbólicamente representado en el gongo que da título a este trabajo. Por ello, no es casualidad, que se narra el ocurrido con detalles en la comunidad, certificada desde 2005 como remanentes de quilombo, y reciba relieve en su memoria de la esclavitud, accedida en la construcción de la identidad quilombola. Sus significados locales explican, parcialmente, la perpetuación local del 13 de Mayo en detrimento del 20 de Noviembre, popularizado después de la ley 10.639/2003, que provocó significativo impacto local. Portadora de una memoria genealógica de la esclavitud vivido en el territorio ocupado por sus ancestrales desde mediados del Ochocientos, los personajes, lugares y ocurridos locales son evidenciados en las entrevistas realizadas de acuerdo con las directrices de la Historia Oral. Su narrativa destaca los significados de la abolición para los ancestros, que conmemoran el “amanecer de la libertad” como posibilidad de libertad y protección a sus cuerpos, a sus familias y a su modo de vida.
May 13th is the main event celebrated by the Quilombola Community of Monte Alegre, Brazil, formed during the transition from slavery to freedom in the city of Cachoeiro de Itapemirim. This was the main concentration point for enslaved people in Espírito Santo state in the second half of the 19th century. In the oral tradition of Monte Alegre, abolition is the dividing line between slavery time and (official) freedom time, which is symbolically represented in the jongo that inspired this study’s title. Therefore, it is no coincidence that the event is narrated in detail. The community is certified since 2005 as a quilombo remnant, and is highlighted as a memory of slavery, which is accessed in the construction of quilombola identity. Its local significance partially explains the local perpetuation of May 13th instead of November 20th, popularized after Law no. 10.639/2003 with a significant local impact. As a bearer of a genealogical memory of the slavery experienced in the territory occupied by their ancestors since the mid-1800s, the local characters, places and events are highlighted in the interviews conducted according to Oral History guidelines. Their narrative emphasizes the significance of abolition for their ancestors, who celebrated the "dawn of freedom" as a possibility of freedom and protection for their bodies, their families and their way of life.
O 13 de Maio é a principal efeméride celebrada pela Comunidade Quilombola de Monte Alegre, formada no processo de transição da escravidão para a liberdade em Cachoeiro de Itapemirim, o principal polo de concentração de escravizados do Espírito Santo na segunda metade do século XIX. Na tradição oral de Monte Alegre, a abolição é o marco divisor entre o tempo da escravidão e o tempo da liberdade (oficial), simbolicamente representado no jongo que dá título a este trabalho. Não é coincidência, portanto, que o acontecimento seja narrado com detalhes na comunidade, certificada desde 2005 pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo, e receba destaque em sua memória da escravidão, acessada na construção da identidade quilombola. Seus significados para a comunidade explicam, parcialmente, a perpetuação local do 13 de Maio em detrimento do 20 de Novembro, popularizado após a lei 10.639/2003, que provocou significativo impacto local. Portadora de uma memória genealógica da escravidão vivenciada no território ocupado por seus ancestrais desde meados do Oitocentos, os personagens, lugares e acontecimentos locais são evidenciados nas entrevistas realizadas segundo as diretrizes da História Oral, em 2019. Sua narrativa destaca os significados da abolição para os ancestrais, que comemoraram o “raiar da liberdade” como possibilidade de liberdade e proteção a seus corpos, as suas famílias e ao seu modo de vida. A prevalência da celebração do 13 de Maio na comunidade quilombola aponta para a desconstrução dos estereótipos impostos pelo racismo estrutural da sociedade brasileira.
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