The renowned “History of Philosophy” is characterized as a set of reflections of a philosophical nature. It is carried out in different periods and territories. In each of these periods and territories, there is a profusion of concepts and categories whose fundamental premise is to address a specific theme or problem. This functions as the starting point of every act of philosophizing, an admiring astonishment thaumadizem (θαυμαδιζέμ) in the face of everything that is how it is. Is “disability”, the person with a disability, and their existence intended as a philosophical theme or problem? Would it be capable of awakening an admiring astonishment? thaumadizem. Would it be capable of initiating an act of philosophizing? Within the history of philosophy, very few pages are dedicated to dealing with “disabilities” and often intend to explain that disability constitutes a disarticulation of the standards of nature and culture. This article proposes to think about disability as a philosophical object, turning to the control machinery that constitutes the bodies of people with disabilities in a restrictive way. Determining what a person's body can or cannot do and where that body may or may not be. Thus, these machines build a preconceived, ableist understanding of what “disability” is.
O que comumente se denomina de “História da Filosofia” caracteriza-se como um conjunto de reflexões de cunho filosófico, levadas a cabo em períodos e territorialidades distintas. Em cada um desses períodos e territorialidades há uma profusão das construções de conceitos e categorias que têm como premissa fundamental tencionar um tema/problema específico, que funciona como ponto inicial de todo ato de filosofar, um espanto admirativo – thaumadizem (θαυμαδιζέμ) – diante de tudo o que é como é. A “deficiência”... a pessoa com deficiência e sua existencialidade pode ser compreendida enquanto um tema/problema filosófico no interior da “História da Filosofia”? A “deficiência” é capaz de despertar um espanto admirativo iniciador um ato de filosofar? São escassas as páginas de escritos filosóficos que tratam da “deficiência” e, quando tencionada, é com o intuito de explicitar que a “deficiência” se constitui em uma desarticulação dos padrões da natureza e da cultura. Minha proposta no presente artigo é pensar o lócus da deficiência enquanto tema/problema filosófico, tendo como fio condutor algumas reflexões de Platão, Aristóteles e Lucrécio. Posteriormente, tencionarei as maquinarias de controle enquanto constituidoras restritivas dos corpos das pessoas com deficiência, as quais determinam o que um o corpo de uma pessoa com deficiência pode ou não fazer, onde esse corpo pode ou não estar. Assim, essas maquinarias edificam uma compreensão preconcebida, capacitista, sobre o que é “deficiência”.
© 2001-2025 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados