Marta Isabel Casteleiro Amaral, Sara Albino, Ana Rodrigues
O conceito de nómada digital tornou-se conhecido com o trabalho de Makimoto e Manners (1997), que iniciaram a discussão científica sobre novos estilos de vida nos quais os profissionais se movem livremente, sem terem espaços e locais de trabalho geograficamente fixos. O conceito do indivíduo nómada digital está associado a um conjunto de mudanças sociais decorrentes do fenómeno da globalização e da economia digital (Jacobs & Gussekloo, 2016), à consequente generalização de novas tecnologias no domínio público e privado que altera a experiência social dos indivíduos e ao aumento da conectividade resultante da evolução da era digital em si mesma (Castro & Gosling, 2022). Estas alterações trouxeram uma mudança de paradigma em comparação com as práticas de trabalho tradicionais, permitindo que os trabalhadores trabalhem remotamente e se movam do escritório em casa para o escritório de trabalho (Castro & Gosling, 2022). O nomadismo digital veio a tornar-se bastante relevante para alguns destinos (e para o seu desenvolvimento) e estes indivíduos aparecem apresentados como um novo tipo de visitante-residente. O objetivo deste estudo é contribuir para uma melhor compreensão do nomadismo digital, explorando o Alentejo, como um destino rural com potencial para acomodar este tipo de visitantes. Os resultados preliminares da análise de dados visuais interligam o design do lugar às experiências turísticas e sugerem uma necessidade de aprofundar a investigação junto de agentes do território para que se explore mais profundamente as oportunidades e desafios deste fenómeno social para os territórios rurais da região (como o caso do Alentejo), fora dos lugares turísticos convencionais, atraindo ativamente este crescente segmento de viajantes.
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