Resumen de 60 anos do golpe de 1964 | Entrevista com Izabel Priscila Pimentel da Silva
- English
Izabel Priscila Pimentel da Silva, a professor at UERJ and a specialist in the history of revolutionary left-wing movements and political repression, reflects on the 60th anniversary of the 1964 coup. She highlights the importance of these events to commemorate the authoritarian past and the need to discuss the victims of the dictatorship, which go beyond activists, affecting groups such as workers, indigenous people, and the LGBTQIA+ population. The historian criticizes the dismantling of memory and transitional justice policies, especially during the governments of Michel Temer and Jair Bolsonaro, which promoted denialism and defense of the dictatorship. She emphasizes that, despite historic advances, such as the creation of the National Truth Commission, the recommendations of this commission were not implemented and the current government avoided officially marking the date of the coup. Izabel concludes that the construction of collective memories critical of the dictatorship is essential to strengthen democracy and confront discourses that legitimize authoritarianism. She emphasizes the role of historians in the fight for Memory, Truth and Justice, stating that it is crucial not to forget the legacy of the dictatorship to prevent similar events from happening again.
- português
Izabel Priscila Pimentel da Silva, professora da UERJ e especialista na história das esquerdas revolucionárias e repressão política, reflete sobre os 60 anos do golpe de 1964. Ela destaca a importância das efemérides para relembrar o passado autoritário e a necessidade de discutir as vítimas da ditadura, que vão além dos militantes, afetando grupos como trabalhadores, indígenas e população LGBTQIA+. A historiadora critica o desmonte das políticas de memória e Justiça de Transição, especialmente durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que promoveram o negacionismo e a defesa da ditadura. Ela ressalta que, apesar de avanços históricos, como a criação da Comissão Nacional da Verdade, as recomendações dessa comissão não foram implementadas e o governo atual evitou marcar oficialmente a data do golpe. Izabel conclui que a construção de memórias coletivas críticas à ditadura é essencial para fortalecer a democracia e enfrentar discursos que legitimam o autoritarismo. Ela enfatiza o papel dos historiadores na luta por Memória, Verdade e Justiça, afirmando que é crucial não esquecer o legado da ditadura para evitar que eventos similares se repitam.
