Brasil
Pesquisas recentes vêm utilizando métodos de complexidade econômica e proximidade (relatedness) para identificar oportunidades de diversificação inteligente no Brasil, mas debates metodológicos subnacionais permanecem pouco explorados, apesar de suas implicações políticas. Deve-se priorizar dados de exportação ou de emprego manufatureiro? A análise deve ser estadual ou microrregional? E quais limiares para relatedness e complexidade? Nossos resultados indicam que dados de emprego setorial refletem melhor as capacidades produtivas. Em Santa Catarina, uma abordagem exportadora subestima o conhecimento local e oportunidades de diversificação, na direção dos serviços modernos e atividades manufatureiras voltadas ao mercado nacional, superestimando as microrregiões especializadas em exportações agrícolas. Além disso, focar no nível estadual, mesmo em um estado com relativamente baixa desigualdade econômica, como Santa Catarina, pode beneficiar microrregiões mais avançadas, agravando a polarização econômica. Para superar a dependência de exportações de commodities agrícolas e o desequilíbrio regional, estratégias de diversificação inteligente devem incluir todos os setores e microrregiões.
In this study on Santa Catarina, we show that complexity at the microregional level is more suitable than at the state level to capture opportunities for intelligent diversification. Moreover, sectoral employment data can more comprehensively portray productive structures than export data. On the one hand, identifying opportunities at the state level would disproportionately benefit complex micro-regions, omitting opportunities from less developed micro-regions. On the other hand, the complexity of exports underestimates local knowledge and diversification opportunities – such as knowledge-based services or manufacturing activities for Brazilian markets – and overestimates the strengths of regions exporting agricultural products – such as pork and chicken. The results indicate that smart diversification strategies need to consider all sectors and micro-regions, or development efforts will result in Brazil's “traditional” structural problems: the focus on relatively simple export sectors and few advanced micro-regions.
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