Objetivou-se avaliar as relações entre a personalidade hardiness e bem-estar laboral em profissionais de saúde de serviços hospitalares de alta complexidade. Estudo epidemiológico, transversal, conduzido com 469 profissionais de saúde da assistência hospitalar de alta complexidade. Empregou-se a Escala Hardiness (EH) para avaliar a presença de traços de personalidade resistentes-resilientes no grupo. Foram avaliadas, também, características relacionadas às dimensões do bem-estar laboral, nas quais envolvem aspectos ocupacionais, afetivos e profissionais. Conduziu-se análise bivariada através do teste de qui-quadrado e análise multivariada por meio de regressão logística multinomial (método stepwise). A classificação dos escores total da EH mostrou que 128 (27,3%) profissionais de saúde avaliados apresentaram alto hardiness, 227 (48,4%) médio e 114 (24,3%) baixo. Destaca-se que os afetos negativos da dimensão afetiva de bem-estar no trabalho associaram-se significativamente, aumentando a chance de manifestar nível baixo e moderado de hardiness em profissionais de saúde de departamentos hospitalares de alta complexidade. Os trabalhadores que apresentam níveis mais elevados de resistência-resiliência emergem de um padrão de atitudes e ações adaptativas que auxiliam na percepção dos afetos positivos preditores de bem-estar no contexto laboral.
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