A obesidade é uma adversidade de saúde pública, se categorizando como uma doença crônica, complexa e multifatorial. Nesta circunstância, a cirurgia bariátrica atua como a medida mais efetiva no tratamento da obesidade e desordens associadas, com redução de peso significativa e sustentada. Uma porcentagem dos pacientes apresentará reganho de peso, porém, quando não se enquadra em um panorama normal e esperado, há um desafio. O objetivo desse estudo foi analisar e compreender a influência que os fatores sexo e técnica cirúrgica possuem para o reganho ponderal pós-bariátrica. Em relação a metodologia, trata-se de uma pesquisa retrospectiva observacional transversal, realizada com 100 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica de um Centro Médico Especializado em Cascavel, Paraná, Brasil, em 2017. Os dados foram interpretados a partir das médias de peso pré-operatório e nos anos de acompanhamento, evidenciando em qual ano houve o pico de reganho. Os resultados revelam predominância do sexo feminino na população total (80%), sendo as mulheres com a maior perda de peso (25kg) e menor reganho (10kg), quando comparado ao sexo masculino. A técnica cirúrgica mais realizada com 69% do total, com a maior perda de peso (26kg) e menor reganho (10kg) foi o Bypass Gástrico em Y-de-Roux (Capella) em comparação ao método da Gastrectomia Vertical (Sleeve). Na intersecção das duas variáveis, no pico do reganho, o grupo Capella mulher resultou em maior perda de peso, como também, menor reganho pós-cirúrgico. Conclui-se que os fatores sexo e técnica cirúrgica influenciam no reganho de peso pós-bariátrica.
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