Ana Gabriela Trujillo Díaz, Juana Cruz Morales
El discurso de la conservación de la biodiversidad surgido desde la esfera internacional plantea una distinción entre naturaleza y sociedad, en tanto que el discurso agrario es un discurso nacionalista que reivindica las luchas agrarias campesinas y moldea el régimen de tenencia de la tierra. La convergencia entre ambos ha tenido considerables impactos en las comunidades campesinas indígenas y mestizas en México. El objetivo de este artículo es analizar las implicaciones del discurso agrario y del discurso ambiental en comunidades de la microrregión de la Sierra de Villaflores, en el estado de Chiapas, México.
Se realizaron 80 entrevistas en profundidad a integrantes de familias campesinas y representantes gubernamentales; también se empleó el diario de campo para recuperar información de los intercambios informales sostenidos con distintos representantes institucionales. Con la información obtenida, se realizó el análisis del discurso ambiental y agrario a partir de los “principios de rarefacción” propuestos por Foucault (1970).
Se concluye que en la comunidad Los Laureles, donde se asumen como peones, y a los efectos de legitimarse frente a ejidos vecinos y autoridades gubernamentales, los pobladores se apegaron a la estructura del ejido. En El Triunfo se ven como rancheros y, por ende, tendieron al modelo de la pequeña propiedad. Por último, en Monte Sinaí se autodenominaron ambientalistas, por lo que adoptaron la estructura organizativa de tipo comunal. En términos generales, el discurso agrario legitima la posesión de porciones de bosques y selvas, al tiempo que el discurso ambiental categoriza a las poblaciones campesinas como poblaciones “irregulares”.
O discurso de conservação da biodiversidade que surgiu na esfera internacional faz uma distinção entre natureza e sociedade, enquanto o discurso agrário é um discurso nacionalista que reivindica as lutas agrárias dos camponeses e molda o regime de posse da terra. A convergência entre os dois teve impactos consideráveis nas comunidades camponesas indígenas e mestiças do México. O objetivo deste artigo é analisar as implicações do discurso agrário e do discurso ambiental nas comunidades da microrregião de Sierra de Villaflores, no estado de Chiapas, México.Foram realizadas 80 entrevistas em profundidade com membros de famílias de camponeses e representantes do governo; um diário de campo também foi usado para recuperar informações de trocas informais com diferentes representantes institucionais. Com as informações obtidas, foi realizada uma análise do discurso ambiental e agrário com base nos "princípios de rarefação" propostos por Foucault (1970).
Conclui-se que na comunidade de Los Laureles, onde eles se veem como peões, e para se legitimarem perante os ejidos vizinhos e as autoridades governamentais, os colonos aderiram à estrutura do ejido. Em El Triunfo, eles se veem como fazendeiros e, portanto, tendem ao modelo de pequena propriedade. Por fim, em Monte Sinai, eles se autodenominaram ambientalistas e, portanto, adotaram a estrutura organizacional do tipo comunal. Em termos gerais, o discurso agrário legitima a posse de porções de florestas e selvas, enquanto o discurso ambiental classifica as populações camponesas como populações "irregulares".
The biodiversity conservation discourse emerging from the international sphere proposes a distinction between nature and society. Meanwhile, the agrarian discourse is a nationalist discourse that vindicated peasant agrarian struggles and shaped the land tenure regime. The convergence between both discourses has had considerable impacts on indigenous and mestizo peasant communities. Thus, the objective of this paper is to analyze the implications of the agrarian and environmental discourses in three communities in the micro-region of the Sierra de Villaflores, Chiapas, Mexico.
Eighty in-depth interviews were conducted with both internal (farming families) and external (government representatives) stakeholders, and a field diary was also used to recover information from the informal discussions held with institutional representatives. With the information obtained, an analysis of the environmental and agrarian discourse was carried out based on the principles of rarefaction proposed by Foucault (1970).
We concluded that in the community of Los Laureles, where they assume themselves as peons and in order to legitimize themselves in the eyes of neighboring ejidos and government authorities, they adhere to the ejido structure. In El Triunfo they see themselves as ranchers, and therefore tend to the small property model, and in Monte Sinai, they call themselves environmentalists, thus adopting the communal type organizational structure. In general terms, the agrarian discourse legitimizes the possession of portions of forests and jungles, while the environmental discourse categorizes peasant populations as "irregular" populations.
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