Este trabalho investiga a relação entre a imagem ilustrada e a experiência da modernidade. Nas margens da arte da gravura e de uma nova matriz industrial, a imagem ilustrada torna visível um espectro social abrangente e participa na formação de novos sujeitos da política e da esfera pública. É também uma forma atravessada por impulsos contraditórios — pelo humor e pelo pendor científico; pela visão atomizada e pela produção de séries que procuram recodificar a sociedade. A investigação de imagens recreativas e instrutivas, retratos fisiológicos e caricaturas, publicadas sobretudo na imprensa ilustrada do século XIX, internacional e portuguesa, permite entender melhor as representações políticas que emergem com a dissolução da ideia de soberania do Antigo Regime.
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