Estuda-se a representação da violência televisiva, mais especificamente das notícias, relativas à guerra do Iraque em 2790 crianças e adolescentes portugueses. Através da análise de conteúdo do desenho livre executado em sala de aula, numa amostra de 57 escolas públicas e privadas de Portugal continental e insular, verifica-se o efeito das variáveis: sexo, idade, proximidade dos acontecimentos e abordagem mediática na representação que as crianças e adolescentes constroem da guerra do Golfo, concluindo-se ter cada uma destas variáveis um papel determinante nos sentidos que vão ser construidos.
A autora faz uma leitura constructivista dos resultados, considerando que as repercussões do visionamento da guerra nos noticiários televisivos não tem efeitos uniformes, sendo dependente da interrelação dinâmica entre as variáveis dos indivíduos (espectadores), do meio (contexto) e do tratamento mediático que é dado ao assunto. Assim, o espectador não é encarado como vítima passiva dos conteúdos televisivos, mas enquanto activo construtor de sentidos.
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