Perverter Clarice Lispector é uma travessia que abre zonas problemáticas não solucionáveis na territorialização do saber, mas ativa instâncias de equilíbrios instáveis afirmantes do seu próprio não-saber como processo de aprendizagem: passagem de um problema-questão a uma questão-saber. É o exercício de uma sensibilidade transcendental que exige a criação de outros espaços para o pensamento. Espaços heterotópicos que tensionam os significados para pôr em ação uma semiótica das forças e das diferenças. Esse estudo, desse modo, propõe-se a percorrer o complexo dos romances e novela clariciana cartografando as ‘sensações intraduzíveis’, dobras que conectam linguagem e mundo formando uma geografia pulsante no ritmo das intensidades vitais e dos contágios cósmicos.
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