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Resumen de Género y salud en la Orinoquía Colombiana: análisis antropológico de las comunidades piaroa en la Selva de Matavén

Vivian Paulina Rosado Cárdenas

  • español

    Desde la década de 1970 los miembros del pueblo U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa han vivido grandes cambios socioculturales derivados de procesos de negociación- resistencia que han buscado integrarlos a la acción modernizadora de los Estados-nación. Estos procesos de transformación se han potenciado con la irrupción de los discursos del desarrollo, la expansión de la biomedicina y de la educación formal universal en la cotidianidad de las comunidades; alternativas que se sumaron a procesos de larga duración en la región como el evangelizador y la economía extractiva. Si bien es cierto que esos procesos de integración han traído beneficios a las comunidades y han aportado mejoras en su calidad de vida, han puesto de manifiesto la existencia de múltiples relaciones asimétricas de poder entre los miembros de las aldeas, una vivencia que entra en conflicto con las instituciones y los mecanismos de organización social que sustentaban los modelos ontológicos sobre la salud y la enfermedad, así como sobre las concepciones del cuerpo y la legitimidad de las prácticas y especialistas necesarios en los procesos de salud-enfermedad-atención.

    En una relación dialéctica entre “las voces de afuera y las voces de adentro”, se han asignado nuevos roles, funciones y responsabilidades a hombres y mujeres, dejando particularmente en tensión a los grupos que participan activamente de las dinámicas interculturales. Así, el objetivo principal de esta investigación es dar cuenta de las transformaciones en la vida de las mujeres indígenas U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa en Colombia, a partir de la implementación y generalización del sistema biomédico en sus comunidades, centrándome particularmente en el análisis de las prácticas, discursos e imaginarios de género de los habitantes de la zona Orinoco del resguardo Selva de Matavén. La finalidad es conocer los mecanismos a través de los cuáles los procesos de desarrollo ligados a la biomedicina, al ser re-significados por miembros de comunidades rurales dispersas, permiten la vitalización de identidades étnicas, de género y ciudadanas, aparentemente contradictorias en contextos de aculturación y mestizaje, generando nuevos campos para la acción política de actores locales, específicamente de las mujeres.

    Palabras clave: relaciones de género; Orinoquía y Amazonía colombianas; procesos de salud-enfermedad-atención (PSEA); U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa.

  • English

    Since the 1970s, the U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa indigenous people have experienced great sociocultural changes derived from processes of negotiation-resistance that have sought to integrate them into the modernizing action of the Nation-States. These transformation processes have been enhanced with the emergence of developmental discourses, the expansion of biomedicine and universal formal education in everyday life of communities; alternatives that were added to long-term processes in the region such as the evangelization and the extractive economy. Although these integration processes have brought benefits to the communities and have brought apparent improvements in their quality of life, they have revealed the existence of multiple asymmetric power relationships among the members of the villages; these experiences are in conflicts with the institutions and mechanisms of social organization that supported the ontological models of health and disease, as well as on the conceptions of the body and the legitimacy of the practices and specialists required in the health-disease-care processes.

    In a dialectical relationship between "voices from outside and voices from within", new roles, functions and responsibilities have been assigned to men and women, leaving particularly stressed the groups that actively participate in intercultural dynamics. Thus, the main objective of this research is to account for the transformations in the lives of U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa indigenous women in Colombia, following the implementation and generalization of the biomedical system in their villages, focusing particularly on the analysis of practices, discourses and gender imaginaries of the inhabitants of the Orinoco zone of the Selva de Matavén Indigenous reservation. The purpose is to know the mechanisms through which the development processes linked to biomedicine, after being re-signified by members of dispersed rural communities, allow the vitalization of ethnic, gender and citizen identities; these are apparently contradictory in contexts of acculturation and miscegenation, however they can generate new fields for the political action of local actors, specifically for women.

    Key words: gender relations; Colombian Orinoquía and Amazonia; health-diseasecare processes (HDAP); U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa.

  • português

    Desde a década de 1970 os membros do povo indígena U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa, passaram por grandes mudanças socioculturais decorrentes de processos de negociação-resistência que procuraram integrá-los na ação modernizadora dos Estados-nação. Esses processos de transformação têm sido impulsionados pelo surgimento de discursos de desenvolvimento, pela ampliação da biomedicina e pela educação formal universal no cotidiano das aldeias; alternativas que foram adicionadas a processos de longa duração na região, como o evangelizador e a economia extrativista. Enquanto esses processos de integração trouxeram benefícios para as comunidades e melhoraram sua qualidade de vida, eles revelaram a existência de múltiplas relações de poder assimétrico entre os membros da aldeia, uma experiência que entra em conflito com as instituições e mecanismos de organização social que sustentam os modelos ontológicos sobre saúde e doença, bem como sobre as concepções do corpo e a legitimidade das práticas e especialistas necessário nos processos de saúde – doença – atendimento. Em uma relação dialética entre "vozes externas e vozes internas", novos papéis, funções e responsabilidades foram atribuídos a homens e mulheres, deixando particularmente tensos os setores da população que participam ativamente da dinâmica intercultural. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é dar conta das transformações na vida das mulheres indígenas U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa em Colômbia, a partir da implementação e generalização do sistema biomédico em suas comunidades, focando particularmente na análise das práticas, discursos e imaginários de gênero dos habitantes da zona Orinoco da reserva Selva de Matavén.

    A finalidade é conhecer os mecanismos pelos quais os processos de desenvolvimento ligados à biomedicina, sendo ressignificados por membros de comunidades rurais dispersas, permitem a vitalização de identidades étnicas, de gênero e cidadãs, aparentemente contraditórias em contextos de aculturação e mestiçagem, gerando novos campos para a ação política de atores locais, especificamente das mulheres.

    Palavras chave: relações de gênero; Orinôquía e Amazônia colombianas; processos de saúde – doença – atendimento (PSDA); U̧wo̧tju̧ja̧-Piaroa.


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