O objectivo deste trabalho consistiu em aprofundar e compreender a importância dos valores de vida, e eventuais crenças, na tomada de decisão na carreira profissional e sua relação com o stresse num grupo de mulheres portuguesas de meia-idade.
Foram caracterizados os sistemas de valores e os níveis de stresse na amostra dividida em mulheres com filhos e mulheres sem filhos. Realizou-se também o estudo das associações entre os valores de vida e os níveis de stresse percebido e procurou-se estabelecer relações condicionantes.
Adoptou-se um tipo de metodologia mista (qualitativa e quantitativa) que pretendeu atingir uma maior riqueza nos resultados obtidos.
Os instrumentos utilizados foram a LVI (Life Values Inventory), Inventário de Valores de Vida; o PSS (Perceived Stress Scale), Questionário de Stresse Percebido; o questionário de Estratégias de Coping; e, a realização de Entrevistas, na lógica dos Factores Críticos, a cada mulher.
Os resultados obtidos demonstraram que os Valores de Vida foram determinantes para a opção de carreira, em ambas as sub amostras, confirmaram a existência de Stresse Percebido controlado por Estratégias de Coping de sentido positivo, e, as Entrevistas forneceram uma imensa riqueza de informação de onde emerge a desigualdade de oportunidades entre homens e mulheres ao nível da carreira, bem como o dilema da conciliaçãoentre ter uma carreira e um curso e realizar uma vida familiar.
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