La erradicación de la esclavitud contemporánea está presente en los objetivos de desarrollo sostenible de la Agenda 2030 de Naciones Unidas. Sin embargo, las cifras al respecto son alarmantes y han aumentado tras la pandemia de covid-19. Último país de Iberoamérica en poner fin legalmente a la esclavitud de africanos y sus descendientes (en 1888) y territorio responsable de la importación de casi la mitad de los traficantes de esclavos con destino a las Américas, Brasil es heredero de un pasado esclavista y racista que lleva sus señas hasta hoy. Teniendo esto en cuenta, el objetivo general de esta tesis es investigar, a partir del contexto global de la lucha contra la esclavitud contemporánea y de la construcción de las relaciones laborales en Brasil, cómo se ha establecido y mantenido la política de lucha contra la esclavitud contemporánea en el país, indicando los avances y retrocesos. Situada en el área de las Ciencias Sociales Aplicadas, la tesis utiliza investigación bibliográfica (de doctrinas), investigación documental (jurisprudencial, decisiones, informes, normas de derecho interno e internacional), materiales periodísticos y un estudio de caso con entrevistas. Los métodos se complementan en un abordaje cualitativo que valora y explica el tema investigado. El surgimiento, consolidación e implementación de políticas públicas para erradicar la esclavitud contemporánea en Brasil no se concretan de forma fácil, ni consensuada, principalmente porque algunas de las fuerzas políticas y jurídicas que dominaban antes de 1888 continúan teniendo un espacio relevante en el panorama público brasileño. Esas fuerzas, incluso, asumen en determinados momentos el mando de los poderes del Estado (Ejecutivo, Judicial y Legislativo). Sin embargo, los avances a partir de 1995 son innegables, gracias a las acciones de la sociedad civil, movimientos sociales e instituciones públicas comprometidas con el tema, que se oponen a los intentos de retroceso ocurridos principalmente a partir de 2016. Con el cambio del Ejecutivo en 2023, es necesario reforzar estas políticas, prestando atención a la división sociosexual y étnico-racial del trabajo.
A erradicação da escravidão contemporânea está presente nos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas. Não obstante, os números sobre o tema são alarmantes e se potencializaram após a pandemia de covid-19. Último país da Ibero-América a acabar legalmente com a escravidão negra (em 1888) e território responsável por importar quase metade dos escravizados traficados destinados às Américas, o Brasil é herdeiro de um passado escravista e racista que carrega consigo suas marcas até a atualidade. Com essas constatações, o objetivo geral da pesquisa é investigar, a partir do panorama global de enfrentamento à escravidão contemporânea e da construção das relações de trabalho no Brasil, como se estabeleceu e se mantém a política de enfrentamento à escravidão contemporânea no país, indicando os avanços e retrocessos constatados. Situada na área das Ciências Sociais Aplicadas, a tese utiliza a pesquisa bibliográfica (de doutrinas), documental (jurisprudencial, de decisões, de relatórios, de normas de Direito interno e internacional), de materiais jornalísticos e um estudo de caso com a realização de entrevistas. Os métodos se complementam em uma aproximação qualitativa que valora e explica o tema investigado. O surgimento, a consolidação e a realização de políticas públicas estatais de erradicação da escravidão contemporânea no Brasil não se concretizam de forma fácil, tampouco de maneira consensual. Isso se deve principalmente devido ao fato de que parte das forças políticas e jurídicas que dominavam antes de 1888 continuam possuindo um espaço relevante na arena pública brasileira. Inclusive em certos momentos assumem o comando dos poderes do Estado (Executivo, Judiciário e Legislativo). Não obstante, os avanços a partir de 1995 são inegáveis, graças à atuação da sociedade civil, de movimentos sociais e de instituições públicas engajadas no tema, que contestam as tentativas de retrocesso no tema ocorridas principalmente a partir de 2016. Com a mudança no Executivo em 2023, desponta a necessidade de fortalecimento dessas políticas, atentando-se à divisão sociossexual e étnico-racial do trabalho
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