Em 1808, fugindo das tropas napoleônicas, a família real portuguesa e grande número de seus servidores, aportaram no Rio de Janeiro. A presença da corte proporcionou melhorias na urbanização da cidade e acabou levando a várias mudanças no cotidiano de sua população, como por exemplo, a ampliação dos espaços de lazer e sociabilidade. Entre esses locais destacam-se aqueles destinados ao consumo de bebidas das classes populares, especialmente dos escravos, cujo contingente praticamente dobrou em função das novas demandas no setor de serviços urbanos. Com base na documentação da Intendência da Polícia e anúncios publicados em periódicos, o artigo conclui que o número de tabernas na cidade aumentou significativamente no período, transformando-se em locais de convívio dos trabalhadores, intensamente fiscalizados. As elites portuguesas e coloniais, por sua vez, consumiam bebidas estrangeiras e usufruíam de uma sociabilidade basicamente privada e doméstica
In 1808, running away from the Napoleon’s army, the Portuguese Royal family arrived in Rio de Janeiro, causing deep changes in the Brazilians’ way of life and consumption. Based on policy’s data and newspapers ‘advertisements, this article argues that new public spaces were founded in the city mainly for working class’ leisure and meetings, such as pubs and bars where the urban slaves could drink sugar cane spirits. The Portuguese and colonial elites on the contrary, joined in doors and domestic sociability and imported wines, liquors, and champagne for their consumption
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados