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Desterritorialização da Teoria Curricular

  • Autores: João M. Paraskeva
  • Localización: IX Congreso internacional galego-portugués de psicopedagoxía / coord. por Alfonso Barca Lozano, Manuel Peralbo, Ana María Porto Rioboo, Bento Duarte da Silva, L. Almeida, 2007
  • Idioma: portugués
  • Texto completo no disponible (Saber más ...)
  • Resumen
    • O campo do currículo despede-se do século passado e inaugura o novo milénio positivamente cercado de uma realidade bem distinta � por vezes, edificada por velhas questões que ganharam novos contornos - da que o viu emergir e desenvolver-se enquanto campo de estudos, nos finais do século XIX. De entre essas questões pulula a problemática curricular do multiculturalismo que assume contornos extremamente complexos até porque como destaca Jurjo Torres Santomé (2006) numa obra que acabei de traduzir recentemente �falar de educação multicultural é trazer à colação muito dos conflitos que subjazem nas nossas sociedades vinculadas a situações que ultrapassam a fronteira do próprio sistema educativo�. Pretendo neste artigo � e tendo em consideração as limitações de espaço - socorrer-me da problemática do multiculturalismo como mote político para me atrever a propor a necessidade de se lutar por uma renovada teorização curricular, assumindo-se a teorização curricular como uma plataforma multifacetada interdisciplinar comprometida com o estudo da experiência educacional que lute pela construção de uma sociedade mais justa. Daí que não se entenda o currículo como uma problemática técnica, mas como um processo contínuo e complexo social e ambiental, um processo que busca uma nova ordem cultural. Entrarei assim, admito, em diálogo aberto com Bruno Latour (2006), - não necessariamente porque estejamos �uma crítica atrasada� (estaremos sempre, julgo eu), mas provavelmente porque nem �estamos a apontar para o alvo correcto�, nem possuímos a melhor manifestação teórica - e defendo a desterritorialização da teorização curricular.

      Para a edificação desta �glosa de desterritorialização� apoio-me em três hipóteses de trabalho. Uma hipótese de trabalho repousa na necessidade de compreendermos a teorização curricular e sua desterritorialização no âmbito do conturbado momento sóciopolítico actual � um momento em que se vão desenhando milimetricamente novas soberanias. Neste particular, serão muito importantes, não só as análises e Michael Apple (2000), Stuart Hall (1988), Chantal Mouffe (2000) e Norman Fairclough (2000), como também a abordagem de Michael Hardt e António Negri (2004a, 2004b), que quer por desconhecimento � pasme-se -, quer por propósito, tem sido injustificadamente marginalizada por tantos curriculistas que em Portugal perseguem a sua carreira com escritos autofágicos hipotecados ao discurso da administração. O arrojado quadro conceptual de Império avançado por Hardt e Negri, embora levante algumas questões problemáticas, aliás já denunciadas, entre outros, por Laurence Cox (2001), Josefina Ludmer (2001) e Sérgio Villalobos-Ruminott (2001) e Bob Jessop (2005), não pode deixar de ser dissecado pela teorização curricular.

      Uma outra hipótese de trabalho apoia-se na defesa de um �multiculturalismo crítico�, ou de uma �educação multicultural crítica�, propondo ainda os grandes desafios da educação multi-intercultural. Serão aqui muito importantes as perspectivas de Jurjo Torres Santomé (2006), Shirley Steinberg e Joe Kincheloe (2001) e Peter McLaren (2001). Uma última hipótese de trabalho, atreve-se a fazer avançar com a necessidade de uma desterritorialização da teoria curricular com vista à promoção de uma renovada teorização curricular que revele novas ferramentas para enfrentar os complexos desafios das sociedades contemporâneas, muitos deles seculares ainda que com novos contornos. Serão aqui preponderantes as análises de Dwayne Huebner (1961, 1964, 1966, 1967, 1968a, 1968b, 1975, 2001), Gilles Deleuze (1990, 1994) e Gilles Deleuze e Félix Guattari (1987).

      Terminaremos com uma palavra a Bruno Latour (2006). Trabalhemos agora em cima do �multiculturalismo crítico�, ou da �educação multicultural crítica�.


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