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Saber científico e etnoconhecimento: é bom pra quê?

  • Autores: Glauberto da Silva Quirino
  • Localización: Ciencia & Educação, ISSN-e 1980-850X, Vol. 21, Nº. 2, 2015, págs. 273-283
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Scientific and traditional knowledge: it is good for what?
  • Enlaces
  • Resumen
    • português

      Análise reflexiva e interpretativa do quadro É bom pra quê? do programa de televisão Fantástico, apresentado pelo médico Drauzio Varella, que foi veiculado em rede nacional entre os meses de agosto e setembro de 2010 em cinco episódios, com duração média de 10 minutos. O objetivo da série era discutir os usos e abusos dos tratamentos médicos feitos com produtos derivados de plantas que não passaram pelo crivo científico dos estudos clínicos, e analisar as perspectivas da fitoterapia medicinal. Na culpabilização pessoal, valorização do medo, desqualificação dos saberes paramédicos e centralidade na figura do médico, ele fundamenta suas bases discursivas, para impor legitimidade aos seus argumentos. Nessa perspectiva, as estratégias discursivas veiculadas na mídia por meio da televisão, e no caso particular do quadro do Fantástico, É bom pra quê?, visam a manutenção de uma ordem médica hegemônica, distante da preconizada neutralidade científica e da ausência de interesses econômicos.

    • English

      This article is a reflective and interpretative analysis of the sketch “É bom pra quê?” presented at the TV program Fantástico, hosted by doctor Drauzio Varella, which was broadcast on national television during August and September 2010 in five episodes with an average duration of 10 minutes. The series aimed to discuss the use and abuse of medical treatments made with plant-derived products that have not been tested by scientific clinical studies, and to assess the prospects for herbal medicine. Within the climate of self-blaming, enhancement of fear, disqualification of paramedic knowledge and the centrality of the figure of the doctor, he examines the discursive basis to impose legitimacy on his arguments. From this perspective, the discursive strategies disseminated in the media through television, specifically in the sketch of ‘Fantástico’, ‘É bom pra quê?’, aim to maintain a hegemonic medical order, away from the proposed scientific neutrality and the absence of economic interests.

Los metadatos del artículo han sido obtenidos de SciELO Brasil

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