Janssen Felipe Silva, Denise Xavier Torres, Girleide Torres Lemos
Este artigo apresenta o diálogo entre duas pesquisas do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco, que tratam da Educação do Campo. Para este trabalho tomamos como ponto de partida dois direcionamentos: a) a compreensão dos efeitos da colonialidade na constituição da realidade, especialmente da área rural; b) a importância da mobilização dos movimentos sociais campesinos na constituição dos mecanismos legais vigentes que delineiam a política específica e diferenciada para a educação escolar ofertada em áreas rurais. As discussões foram tecidas a partir da abordagem dos Estudos Pós- Coloniais Latino-Americanos (QUIJANO, 2005; MIGNOLO, 1996, 2008; WALSH, 2008; MALDONADO-TORRES, 2007). Concluímos que as lutas dos movimentos sociais campesinos denunciam os mecanismos utilizados para forjar o silenciamento e a subalternização dos povos campesinos. Nesse sentido, esses sujeitos epistêmicos propõem contar a história a partir do rural e compreender o rural enquanto lócus de enunciação, evidenciando práticas discursivas outras, logo, práticas pedagógicas outras, diferenciadas e específicas.
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