Caracterizar a cultura popular na Idade Moderna, na Idade Média e no Renascimento em torno de contextos culturais e históricos e da arte de Peter Bruegel nos possibilita entrecruzar segmentos significativos de nossa cultura contemporânea: os que teorizam e os que fazem, além de esclarecer questões normalmente ofuscadas para o público, o chamado leigo. O resultado pode revelar a erudição que o popular contém e, ao mesmo tempo, os mecanismos de luta entre o erudito e o popular, no interior da sociedade de classes. Dessa forma, torna-se possível nos reportar às lutas ao longo dos séculos e acumular conhecimentos para uma “leitura” e “interpretação” dos tempos atuais. Os embates e os constantes ataques que o popular enfrenta provocam modificações e perdas significativas para o público, precisamente, coletivo, permitindo-nos subliminarmente questionar “modelos” de democracia, em que quem perde é a maioria.
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