Hildegard Susana Jung, Tharles Gabriele Cauduro, Edite Maria Sudbrack
O objetivo deste estudo, de caráter teórico e documental, é refletir sobre o(s) conceito(s) de empoderamento da classe trabalhadora, no qual esta se investe de poder, mas com uma importante ressalva: este processo não poderá ser individual e sim coletivo, através do diálogo cooperativo, onde a educação – principalmente a Educação Superior - é a grande protagonista, como articuladora do processo. Nesta esteira, apresenta uma comparação entre o Plano Nacional de Educação (PNE) 2001-2010 e o PNE 2014-2024 com relação às metas voltadas à democratização do acesso à universidade, encontrando que, neste momento, o que de fato podemos afirmar é que não houve muitos avanços no Ensino Superior. Ainda assim, o PNE constitui um importante instrumento jurídico para a democratização do acesso à universidade, que poderá servir como articulador do empoderamento da classe trabalhadora. Repensar a educação significa repensar todo o Estado, uma vez que a política educacional sofre injunções das esferas política, econômica e social. Aprimorando o Estado Brasileiro, se estará avançando para uma concepção mais ampla, que traduzirá uma correlação de forças entre sociedade civil e política, o que significa maior participação social, maior democratização do acesso à universidade e, por consequência, maior empoderamento da classe trabalhadora através, (por que não?) do Ensino Superior. Para tanto, situa-se o importante papel da academia no sentido de preparar educadores e educadoras disseminadores da prática reflexiva, que levará à autonomia e à emancipação.
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