Con motivo de su 30 aniversario, es legítimo poner en cuestión la discusión filosófica con los niños, tanto en relación con sus implicaciones teóricas cómo en sus prácticas. Al aceptar a reconocer que los objetivos por ella propuestos configuran más bien un horizonte que una cumbre dónde llegar, es válido preguntar: ¿Qué es, al mismo tiempo, una paradoja y un desafío de este proyecto educativo, político y humanista? Este artículo pretende dar a conocer cómo esta paradoja es sólo aparente y, sobre todo, poner de relieve la forma en que puede ser vista como un desafío. De esta manera, se puede entender por qué esta aparente paradoja es un combustible formidable para el desafío de defender y promover el proceso de la discusión filosófica con niños. Tenemos la intención de mostrar, en tres pasos, cómo esta aparente paradoja es de hecho un desafío, y cómo ambos son parte de la propia matriz de la filosofía para niños, desde su creación, pero aún más en el contexto contemporáneo. La primera parte tiene el objetivo de dar a conocer una definición preliminar de esta paradoja. De esta manera, se puede identificar su morfología global, sus supuestos epistemológicos y hermenéuticos sobre los que ella descansa. A continuación se trata de seguir explorando más a fondo las bases de esa paradoja: respecto al análisis de la urgencia para desarrollar la discusión filosófica con niños. Este análisis está destinado no sólo para enfatizar la naturaleza a la vez subversiva y responsable del enfoque, sino también poner en evidencia cómo su legitimidad es, al mismo tiempo, el motor de su expansión. Finalmente, la tercera parte se dedicará a estudiar cómo este "desafío paradójico" de la discusión filosófica con niños es en realidad un horizonte individual y colectivo muy fértil en términos del desarrollo sostenible de nuestro medio ambiente.
On the occasion of the 30th birthday of the philosophy for children movement, it may be appropriate to ask about the status of philosophical discussion with children, both in its theoretical foundations and in its practical implications. Assuming that the objectives it gave itself represent more a horizon than a final goal, we might ask, what is in this project, simultaneously pedagogical, political and humanist, both a paradox and a challenge? The purpose of this article is to argue that this is only an apparent paradox, and in fact fuels a challenge to defend and promote the practice and the processes associated with conducting philosophical discussion with children. I attempt to show in three steps how this apparent paradox is in fact a challenge, and how both are part of the matrix of philosophy for children itself since it appeared, but even more in our contemporary context. The first step entails a preliminary definition of this paradox. In this way, it will be possible to identify its global morphology, its epistemological issues, and the hermeneutical presuppositions on which it is based. In a second step, I further explore one of the two foundations of this paradox—that which concerns the historical urgency to develop the theory and practice of philosophical discussion with children. This analysis will have as its goal not only to emphasize the subversive and transformational nature of the process, but also to make clear how its legitimacy is at the same time the engine of its expansion. Finally, a third step argues for the political importance of philosophical discussion with children, and identifies it as an individual and collective horizon, profoundly fertile, with historic significance for the prospect of sustainable development of our natural and human environment.
Por ocasião do seu 30º aniversário, cabe questionar a discussão filosófica com crianças, tanto em relação às suas implicações teóricas como às suas práticas. Ao se aceitar reconhecer que os objetivos por ela propostos configuram antes um horizonte que um cume a alcançar, é válido interrogar: O que constitui, ao mesmo tempo, um paradoxo e um desafio neste projeto educacional, político e humanista? Este artigo visa trazer à luz como este paradoxo é apenas aparente e, sobretudo, destacar como ele pode ser visto como um desafio. Desta forma, será possível entender por que esse aparente paradoxo constitui um combustível formidável para o desafio que constitui a defesa e a promoção do processo de discussão filosófica com crianças. Pretendemos mostrar, em três etapas, como esse aparente paradoxo é de fato um desafio, e como ambos fazem parte da própria matriz da filosofia para crianças, desde o seu surgimento, mas ainda mais no contexto contemporâneo. A primeira parte visa trazer à luz uma definição preliminar deste paradoxo. Desta forma, será possível identificar sua morfologia global, seus supostos epistemológicos e os pressupostos hermenêuticos sobre os quais repousa. Em seguida, tratar-se-á de continuar explorando mais a fundo um dos fundamentos deste paradoxo: o relativo à análise da urgência em desenvolver a discussão filosófica com crianças. Esta análise tem por finalidade não só enfatizar a natureza tanto subversiva quanto responsável da abordagem, mas também colocar em evidência como a sua legitimidade é, ao mesmo tempo, o motor de sua expansão. Por fim, a terceira parte se dedicará a estudar a maneira como este "desafio paradoxal" da discussão filosófica com crianças constitui de fato um horizonte individual e coletivo notavelmente fértil em termos de desenvolvimento sustentável do nosso meio ambiente.
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