O documentário Paris is burning (1990), de Jennie Livingston, constrói-se em seu encontro com o cinema-verdade e com o new queer cinema, pondo em tela as identidades minoritárias como proposta prática das definições da Teoria Queer para a vida. Ao filmar o circuito de bailes do bairro nova-iorquino do Harlem, no final da década de 1980, o longa-metragem abre sua lente ainda sobre a sensibilidade camp. O objetivo desta pesquisa é analisar este filme, para reconhecer, em seu fazer cinematográfico, a urgência da temática LGBT para identidades, desejos e práticas culturais como representatividade na narrativa e a construção de gênero experimentada pelos gays, mulheres transexuais e drag queens negros e latinos como respostas para a pluralidade da experiência humana. A metodologia utilizada se ancora na prática da análise fílmica e na reconstituição de cenas, performances e diálogos através de reflexões que abarcam o cinema documental, a cultura de massa, o reconhecimento queer.
Considerações finais apontam para o registro documental de personagens representativas de identidades minoritárias que se posicionam também em sua marcação da diferença a fim de perpetuar uma luta de sobrevivência que se afirma na criação da cultura queer de baile
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